Muitos anos viva o correio-mor, que nos pôs de cavalo.
Expressa gratidão ou felicitação a quem proporcionou uma vantagem ou promoção (literalmente dar um cavalo; figuradamente dar condições de progredir).
Versão neutra
Que viva muitos anos quem nos ajudou a progredir, por nos ter dado recursos ou oportunidades (literalmente, um cavalo).
Faqs
- O que era o 'correio-mor' referido no provérbio?
O 'correio-mor' era o responsável máximo pelos serviços de correio/entregas numa administração histórica. No provérbio funciona sobretudo como figura de pessoa influente que providencia meios. - O provérbio é usado de forma literal ou figurada?
Normalmente é usado figuradamente para agradecer ou felicitar quem proporcionou uma vantagem; o uso literal (dar um cavalo) é pouco comum hoje. - É apropriado usar este provérbio em contextos formais?
Melhor evitar em contextos formais. O provérbio tem tom popular e pode soar arcaico ou pouco profissional. - O provérbio tem conotação positiva ou negativa?
Pode ser positivo (agradecimento) ou negativo/irónico (critica ao favorecimento). O tom depende do contexto e da entoação.
Notas de uso
- Tom geralmente jocoso ou agradecido; pode ser usado de forma sincera ou irónica.
- Referência arcaica: o termo 'correio-mor' é histórico e identifica-se mais com textos antigos; hoje o provérbio tende a aparecer em contextos regionais ou figurados.
- Usa-se quando alguém recebeu um favor decisivo — um cargo, um transporte, uma oportunidade — atribuindo-o a uma pessoa que teve influência.
- Evitar em contextos formais ou quando a ironia possa ser mal interpretada; pode implicar clientelismo ou favorecimento.
Exemplos
- Depois de o tio lhe ter arranjado emprego na delegação, os vizinhos diziam: «Muitos anos viva o correio-mor, que nos pôs de cavalo.»
- Quando a empresária recomendou a jovem para a bolsa de formação e ela foi aceite, comentou-se de forma brincalhona: «Muitos anos viva o correio-mor!»
Variações Sinónimos
- Viva o correio-mor que nos pôs de cavalo.
- Muitos anos viva quem nos pôs de cavalo.
- Que viva quem nos deu o cavalo.
Relacionados
- Quem tem padrinho não morre pagão (sobre influência e favores)
- Deus lhe pague (expressão de agradecimento)
- A quem muito deve, pouco quer (sobre desigualdade de favor/obrigação)
Contrapontos
- Pode legitimar ou ironizar o clientelismo: elogiar quem favorece alguém por influência em vez de mérito.
- Uso literal raramente aplicável hoje — a imagem do cavalo é arcaica e pode confundir ouvintes contemporâneos.
- Quando usado sem contexto, pode ser interpretado como bajulação ou crÃtica ao sistema de nomeações por favores.
Equivalentes
- English (literal)
Long live the postmaster who put us on horseback. - English (aprox. sentido)
Bless the one who set us up / Long live the one who helped us get ahead. - Español (literal)
Muchos años viva el correo mayor, que nos puso a caballo.