Mulher de bigode não é pagode

Mulher de bigode não é pagode.
 ... Mulher de bigode não é pagode.

Provérbio coloquial que desvaloriza ou exclui uma mulher por ter pêlos faciais, usando uma comparação pejorativa para dizer que não é apropriada para diversão/entretenimento.

Versão neutra

A aparência facial (como pelos) não determina o valor, a aptidão ou o direito de alguém participar em atividades sociais.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Significa, de forma coloquial e pejorativa, que uma mulher com pêlos faciais não é considerada adequada para diversão ou convívio, ou seja, está a desvalorizar alguém por uma característica física.
  • É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
    Não é recomendável: é ofensivo para quem tem pêlos faciais, reforça estigmas e normas de género. Pode ser aceite apenas em contextos de relato ou análise crítica.
  • Tem uma origem conhecida?
    Trata‑se de um ditado popular de origem incerta, mais documentado em variantes do português do Brasil; não há autor conhecido nem data precisa.
  • Como posso expressar a mesma ideia sem ofender?
    Se a intenção for notar diferença sem discriminar, prefira linguagem neutra: por exemplo, «Esta norma social exclui pessoas com determinada aparência», ou use a versão neutra apresentada acima.

Notas de uso

  • Uso informal e regional; mais frequente em contextos populares e coloquiais.
  • Expressa desprezo ou rejeição baseada na aparência física (pêlos faciais femininos).
  • Pode ser usado de forma jocosa/irónica, mas também é comumente ofensivo e discriminatório.
  • Evitar o uso em contextos formais ou em que se pretenda evitar insulto ou discriminação.

Exemplos

  • Num encontro familiar, alguém comentou a aparência de uma convidada e foi respondido: «Essa expressão é antiga — mulher de bigode não é pagode», o que gerou constrangimento.
  • Quando a equipa fez piada com a colega por ter pelos faciais, ela retrucou: «Usar esse provérbio só mostra preconceito; a aparência não diz nada sobre mim.»

Variações Sinónimos

  • Mulher de bigode não dá em festa
  • Mulher de bigode não é mulher de baile
  • Dizer que a aparência desqualifica alguém

Relacionados

  • Não se julga o livro pela capa
  • Aparências iludem
  • Beleza é superficial

Contrapontos

  • É discriminatório avaliar ou excluir alguém com base em características físicas; promove estigmas sobre aparência e género.
  • Muitas pessoas e movimentos defendem a aceitação dos diferentes tipos de corpo e a não‑associação entre valor social e conformidade a normas estéticas.
  • Dizer que alguém «não é para a festa» por ter traços naturais reforça normas rígidas de género e pode constituir body‑shaming.

Equivalentes

  • English
    Don't judge a book by its cover (não é equivalente literal, mas serve como contraponto: a aparência não define o valor).
  • Spanish
    No juzgues un libro por su portada (similar ao inglês; contraponto à ideia de exclusão por aparência).