Na barba do néscio alvar é que se aprende a rapar.
Aprende‑se pela prática, muitas vezes às custas de alguém mais incauto.
Versão neutra
Aprende‑se a rapar na prática, às vezes usando um incauto como primeiro caso.
Faqs
- O que significa a palavra 'néscio'?
«Néscio» é um termo antigo/colar que significa ignorante ou tolo. É pejorativo; convém ter cuidado ao usar o provérbio para não insultar alguém. - O que quer dizer 'alvar' neste provérbio?
«Alvar» é uma forma arcaica que significa 'rapar' (barbear). Hoje é pouco usada fora de expressões e provérbios. - É aceitável usar este provérbio no trabalho?
Depende do contexto: transmite a ideia de aprendizagem prática, mas pode soar insensível se interpretado como aprovar causar prejuízo a terceiros. Melhor usá‑lo com cuidado ou optar por formas neutras como «aprende‑se na prática». - Qual é a mensagem principal do provérbio?
Que a habilidade se adquire pela prática e pela experiência, muitas vezes através de tentativa e erro — por vezes à custa de alguém mais incauto.
Notas de uso
- Tom coloquial e popular; frequente em contextos rurais ou antigos.
- «Néscio» é termo pejorativo para pessoa ignorante ou tola; uso pode ofender.
- «Alvar» é palavra antiga que significa 'rapar' — hoje pouco usada fora de provérbios.
- Implica aprendizagem por tentativa/erro e por experiência prática, por vezes explorando terceiros.
Exemplos
- O novo barbeiro começou a treinar com amigos; como se diz, na barba do néscio alvar é que se aprende a rapar.
- No escritório, a equipa aceitou um projecto de baixo risco para experimentar métodos novos — na barba do néscio alvar é que se aprende a rapar, desde que ninguém seja prejudicado.
- Aprender a conduzir exige prática; não se faz só com teoria — muitas pessoas aprendem errando, na barba do néscio alvar é que se aprende a rapar.
Variações Sinónimos
- Na prática se aprende.
- É errando que se aprende.
- A prática faz o mestre.
- Aprende‑se à custa de alguém (expressão menos comum).
Relacionados
- A prática leva à perfeição.
- É errando que se aprende.
- Quem não arrisca, não petisca.
- Custa‑se aprender sem experimentar.
Contrapontos
- Aprender à custa dos outros pode ser antiético — é preferível praticar com consentimento e sem causar dano.
- Também se pode aprender através de ensino, treino simulado ou observação, sem usar uma pessoa incauta como 'experiência'.
- O provérbio naturaliza a exploração de um terceiro como meio de aprendizagem, o que hoje pode ser considerado inaceitável em vários contextos.
Equivalentes
- Inglês
Practice makes perfect / You learn by doing. - Francês
C'est en forgeant qu'on devient forgeron. - Espanhol
La práctica hace al maestro. - Alemão
Übung macht den Meister.