Algo valioso ou refinado não será apreciado por quem não tem capacidade, sensibilidade ou educação para o reconhecer.
Versão neutra
Algo de valor não será apreciado por quem não tem sensibilidade ou capacidade para o reconhecer.
Faqs
Quando é adequado usar este provérbio? Use-o para explicar por que não se oferece algo de valor a alguém que provavelmente não o apreciará. Evite-o em situações em que possa ser interpretado como insulto pessoal.
Tem origem bíblica? Não directamente; a fórmula portuguesa é de tradição popular, embora exista um paralelo moral no Evangelho (Mateus 7:6) sobre não lançar pérolas aos porcos.
É ofensivo dizer isto a alguém? Pode ser. A expressão implica que a outra pessoa não tem capacidade ou sensibilidade para apreciar algo, pelo que deve ser usada com reserva.
Notas de uso
Empregado para justificar não oferecer um bem, conselho ou obra de valor a alguém que não o saberá aproveitar ou respeitar.
Registo coloquial; pode soar pejorativo ou desdenhoso se dirigido à pessoa em causa.
Usar com cuidado em contexto profissional ou formal, evitando ofensa direta. Como alternativa, optar por expressões neutras que apontem à incompatibilidade sem insulto.
Exemplos
Não lhe sugeri o concerto de música clássica — achei que não era o mel para a boca do asno, ele prefere coisas muito diferentes.
Decidimos não mostrar o relatório técnico ao cliente que só queria soluções rápidas; seria 'não é o mel para a boca do asno' e ia ser desperdiçado.
Variações Sinónimos
Não é mel para a boca do burro
Pão de mel não é para a boca do burro
Não se dá pérolas aos porcos (expressão com sentido próximo, mais forte)
Relacionados
Não se dá pérolas aos porcos (advertência semelhante)
Cada coisa no seu lugar (ideia de adequação)
Quem não sabe apreciar, perde a oportunidade (variação de sentido)
Contrapontos
A educação e a experiência podem ensinar alguém a apreciar coisas novas — não subestimar a capacidade de aprendizagem.
Recusar partilhar algo valioso pode privar a outra pessoa de crescer; às vezes vale a pena explicar em vez de guardar.
O juízo sobre quem 'merece' pode refletir preconceitos do orador; avaliação cuidadosa e respeito são recomendáveis.