Não é por grandes orelhas que o burro vai à feira.

As aparências ou traços exteriores não determinam a utilidade, competência ou valor real de alguém ou algo.

Versão neutra

Não são as orelhas grandes que tornam o burro próprio para a feira.

Quando posso usar este provérbio?
Quando se quer alertar contra decisões ou opiniões baseadas apenas em aparências ou traços exteriores, por exemplo em recrutamento, compra ou avaliação pessoal.
O provérbio é ofensivo por usar a palavra 'burro'?
Não necessariamente; trata‑se de uma imagem tradicional usada para enfatizar a ideia. Contudo, em contextos sensíveis convém optar por linguagem mais neutra.
Há variantes mais suaves ou neutras?
Sim. Fórmulas como 'as aparências enganam' ou 'o hábito não faz o monge' transmitem ideia semelhante com tom menos metafórico.

Usa-se para censurar julgamentos baseados só na aparência ou em sinais exteriores.
Tom coloquial e metafórico: 'burro' não visa insultar alguém em particular, mas ilustrar a ideia.
Adequado em contexto informal e em exemplos de avaliação, recrutamento ou comércio.
Evitar uso em situações sensíveis onde a comparação possa ser interpretada como desvalorização pessoal.

O Miguel tem um bom aspecto, mas sem experiência na função não o vou contratar — não é por grandes orelhas que o burro vai à feira.
Podem ter uma embalagem bonita, mas se o produto for fraco não me convence; as aparências não substituem qualidade.

Em muitos contextos (entrevista, marketing) a aparência ou apresentação inicial tem impacto real nas decisões.
Existem atributos exteriores que são relevantes em certas actividades (saúde física, características úteis para trabalho).
Julgar apenas pela aparência é arriscado, mas ignorá-la por completo também pode ser imprudente.