Não há boas leis porque mandam, mas porque se guardam.

Não há boas leis porque mandam, mas porque se gu ... Não há boas leis porque mandam, mas porque se guardam.

A utilidade e legitimidade das leis dependem do seu cumprimento pela sociedade, não apenas da sua promulgação.

Versão neutra

As leis são boas não porque são impostas, mas porque são cumpridas.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o ao discutir a eficácia das leis, a necessidade de cumprimento social das normas ou ao enfatizar que promulgar leis não basta sem mecanismos e vontade de as observar.
  • Significa isto que todas as leis devem ser obedecidas sem questionamento?
    Não. O provérbio destaca a eficácia social do cumprimento, mas não legitima automaticamente leis injustas; há argumentos e práticas legítimas de contestação e desobediência civil.
  • Tem aplicação em contextos empresariais ou organizacionais?
    Sim. Em organizações aplica‑se igualmente: regras internas só funcionam se forem aceites e respeitadas pelos membros, não apenas impostas hierarquicamente.

Notas de uso

  • Usa‑se para sublinhar a importância do cumprimento das normas e da aceitação social das mesmas.
  • Aplica‑se em debates sobre eficácia legislativa, administração pública e comportamento cívico.
  • Não deve ser usado para justificar leis claramente injustas; distingue eficácia (cumprimento) de legitimidade moral.
  • Tom formal e reflexivo; adequado em textos sobre direito, sociologia e governação.

Exemplos

  • Numa palestra sobre cidadania, o professor lembrou: «Não há boas leis porque mandam, mas porque se guardam», para enfatizar que a legislação só funciona se houver consenso no seu cumprimento.
  • Num relatório sobre aplicação de normas urbanísticas concluiu‑se que a questão não era promulgar mais leis, mas fazer com que as existentes fossem observadas — «não há boas leis porque mandam, mas porque se guardam».

Variações Sinónimos

  • As leis só são eficazes quando se cumprem.
  • Lei que não se cumpre não vale nada.
  • A validade das leis está no seu cumprimento, não na sua promulgação.

Relacionados

  • Princípio da legalidade
  • Estado de direito
  • Consenso social sobre normas
  • Eficácia vs. legitimidade das normas

Contrapontos

  • Existem leis injustas que merecem ser contestadas ou desobedecidas por razões éticas (desobediência civil).
  • O simples cumprimento não transforma automaticamente uma lei em justa; legitimidade moral e legal podem divergir.
  • A coerção e a força podem fazer cumprir leis sem que isso signifique que são boas.

Equivalentes

  • Inglês
    Laws are good not because they command, but because they are obeyed.
  • Espanhol
    No hay buenas leyes porque manden, sino porque se guardan.
  • Alemão
    Gesetze sind nicht gut, weil sie befehlen, sondern weil sie befolgt werden.
  • Francês
    Les lois ne sont bonnes que parce qu'on les respecte.