Não há carta sem resposta

Não há carta sem resposta.

Nada fica sem resposta: todo gesto, comunicação ou provocação tende a provocar uma reação ou réplica.

Versão neutra

Toda ação recebe uma resposta.

Quando se deve usar este provérbio?
Usa-se quando se quer sublinhar que uma acção ou comunicação não ficará sem resposta, seja numa disputa pessoal, numa reclamação formal ou num comentário público.
Significa que sempre receberemos uma resposta imediata?
Não necessariamente; refere-se mais à ideia de que algo não ficará sem reacção ou consequência, podendo a resposta ser tardia, indirecta ou simbólica.
É um provérbio ameaçador?
Pode ser usado de forma ameaçadora, mas também de modo neutro ou reflexivo. O tom depende do contexto e da intenção de quem o usa.
Tem origem conhecida?
É um provérbio de uso corrente na língua portuguesa, sem origem documental clara; provavelmente emergiu da prática cultural de correspondência e de noções de reciprocidade e responsabilidade.

Emprega-se tanto de forma literal (correspondência recebida e respondida) como figurada (ações que acarretam consequências).
Tom: pode ser cauteloso, neutro ou até ameaçador, consoante o contexto e a entoação.
Registo: coloquial e proverbial; usado em conversas informais, crónicas e comentário social.
Usado frequentemente para lembrar responsabilidade ou inevitabilidade de uma resposta (administrativa, pessoal ou social).
Na linguagem moderna, é comum empregá-lo para sublinhar que alguém não ficará sem resposta a uma acusação ou afronta.

Enviei uma reclamação formal ao serviço e fui informado de que não há carta sem resposta: prometem analisar o caso e responder dentro de 30 dias.
Quando o vizinho começou a fazer barulho todas as noites, acabámos por reagir; provámos que não há carta sem resposta — actos provocam reacções.
Na reunião, o gerente deixou uma crítica contundente; alguns disseram depois que ele sabia que não há carta sem resposta, e que também teria de justificar as decisões.

O silêncio é ouro — às vezes não responder é a melhor resposta.
Em boca fechada não entra mosca — a omissão pode ser estratégia.
Nem sempre se obtém resposta imediata; a ausência de resposta pode também ser resposta.