Não há carne sem osso, nem farinha sem caroço

Não há carne sem osso, nem farinha sem caroço.

Tudo o que traz vantagem ou benefício tem também um inconveniente ou custo associado; não existe algo completamente desprovido de contrapartidas.

Versão neutra

Nada é totalmente isento de defeitos ou custos; tudo traz consigo alguma contrapartida.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o para advertir sobre custos ocultos, riscos ou obrigações associados a algo que à primeira vista parece vantajoso.
Significa que nunca vale a pena aceitar algo vantajoso?
Não. O provérbio aponta para a necessidade de avaliar contrapartidas; muitas vezes o benefício compensa o custo, desde que as consequências sejam ponderadas.
É um provérbio ofensivo ou sensível?
Não. Trata-se de uma expressão neutra de sabedoria prática usada para moderar expectativas.
Tem origem conhecida?
Não foi possível atribuir uma origem precisa; é uma formulação de sabedoria popular baseada em observações do quotidiano.

Usa-se para moderar expectativas quando se apresentam soluções ou ofertas que parecem perfeitas.
Serve de aviso em negociações, investimentos e decisões quotidianas: há sempre riscos ou obrigações.
Tomar o provérbio como fatalismo extremo pode impedir a procura de soluções que minimizem os inconvenientes.
Adequado em registos coloquiais e em conselhos práticos; evitar em contextos em que se pretende encorajar sem reservas.

O novo contrato tem um salário mais alto, mas exige horas extras frequentes — não há carne sem osso nem farinha sem caroço.
Prometer um produto barato implica menos assistência técnica; quem compra deve saber que raramente existe algo sem contrapartida.
Quando aceitas a promoção, também aceitas mais responsabilidades — é o típico caso de não há carne sem osso.

Existem inovações tecnológicas ou sociais que reduzem ou eliminam custos antes inevitáveis.
Algumas ações voluntárias ou benéficas podem ter poucas ou nenhumas contrapartidas imediatas.
O provérbio não invalida a procura ativa de soluções que minimizem desvantagens.