Não há defunto rico, nem noivo pobre.
Comentário sobre como as cerimónias sociais valorizam as aparências: gasta‑se muito em funerais, como se o falecido fosse rico, e nos casamentos espera‑se que o noivo tenha posses.
Versão neutra
Em funerais tende‑se a gastar como se o falecido fosse rico; nos casamentos espera‑se que o noivo tenha recursos.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Diz que as cerimónias sociais tendem a privilegiar a aparência e o gasto: gasta‑se em funerais como se o falecido fosse rico e exige‑se que o noivo tenha meios. - Quando é apropriado usá‑lo?
Para comentar criticamente tradições que privilegiem a aparência e o gasto, em conversas informais ou textos sobre costumes sociais. Evitar em situações de luto directo. - É ofensivo?
Pode ser percebido como insensível se usado perto de pessoas enlutadas ou em contextos vulneráveis, porque trata a morte e as exigências sociais com ironia.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar ou ironizar a prioridade dada às aparências e aos gastos em rituais sociais.
- Registo: coloquial e proverbiale; adequado em conversas informais, comentários socioculturais ou textos de opinião.
- Evitar usar de forma leviana junto de pessoas enlutadas ou em contextos de sofrimento real; pode soar insensível.
- Reflete uma generalização cultural e não constitui uma verdade universal — aplica‑se melhor como observação crítica de comportamentos sociais.
Exemplos
- Quando a família começou a falar nos candelabros e na música, lembrei‑me do provérbio: 'Não há defunto rico, nem noivo pobre' — somos reféns das aparências.
- Ela disse que preferia uma cerimónia simples, mas a família respondeu que 'não há defunto rico, nem noivo pobre' e acabaram por gastar mais do que podiam.
Variações Sinónimos
- Não há defunto pobre, nem noivo sem dinheiro
- Não há morto pobre, nem noivo pobre
- Em funeral ninguém é pobre; em casamento exige‑se riqueza
Relacionados
- As aparências enganam
- Quem casa quer casa
- Pão, vinho e cerimónia — importância das convenções sociais
Contrapontos
- Generaliza realidades: muitas comunidades não têm recursos para cerimonial ostentatório nem para casamentos dispendiosos.
- Pode ser interpretado como cínico ou insensível perante a dor do luto.
- Ignora mudanças culturais: nem todos os casamentos exigem grandes gastos e há tendências contemporâneas para cerimónias mais simples.
Equivalentes
- espanhol
No hay difunto pobre ni novio pobre - inglês
There are no poor dead, nor poor grooms (approx.) — comments on spending at funerals and expectations at weddings - francês
Il n'y a pas de mort pauvre, ni de marié pauvre (approx.) - italiano
Non c'è defunto povero, né sposo povero (approx.)