Não há livro tão mal que não tenha algo bom

Não há livro tão mal que não tenha algo bom.
 ... Não há livro tão mal que não tenha algo bom.

Mesmo uma obra considerada má pode conter partes úteis, interessantes ou valiosas.

Versão neutra

Mesmo os piores livros contêm algo de útil ou interessante.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado quando se quer relativizar uma crítica, salientando que mesmo numa obra deficiente se pode encontrar algo útil, instrutivo ou agradável.
  • O provérbio justifica aceitar trabalhos de má qualidade?
    Não. Serve para reconhecer aspetos positivos pontuais, mas não substitui uma avaliação crítica que identifique falhas importantes.
  • Há uma origem histórica conhecida para este provérbio?
    Não existe uma origem documentada; é um ditado de tradição oral difundido na língua portuguesa e presente em variações noutras línguas.

Notas de uso

  • Usa-se para relativizar uma avaliação negativa e apontar que sempre é possível encontrar qualidades, mesmo em algo globalmente fraco.
  • Aparece em contexto literário, académico e também em conversas informais para defender que algo não é totalmente inútil.
  • Não significa que tudo é igualmente valioso; serve para incentivar atenção aos pormenores e à utilidade prática.

Exemplos

  • Embora o romance falhe na construção da personagem principal, não há livro tão mal que não tenha algo bom — a descrição das paisagens é muito inspiradora.
  • O relatório tem imprecisões, mas não há livro tão mal que não tenha algo bom: a secção com dados históricos está bem documentada.
  • Quando criticas o manual, lembra-te de que não há livro tão mal que não tenha algo bom; aproveita os capítulos práticos que realmente funcionam.

Variações Sinónimos

  • Nem mesmo o pior livro é totalmente inútil.
  • Não existe livro tão mau que não guarde algo de bom.
  • Até o livro mais fraco tem um ponto aceitável.
  • No hay libro tan malo que no tenga algo bueno (espanhol, forma equivalente)

Relacionados

  • Nem tudo é negro
  • Há males que vêm por bem
  • De grão a grão enche a galinha o papo (uso de pequenas coisas úteis)
  • Cada cabeça sua sentença (relativização de juízos)

Contrapontos

  • Afirmar que até o pior livro tem algo bom não invalida críticas fundamentadas: um livro pode ser, no essencial, de má qualidade.
  • A expressão pode ser usada para minimizar problemas sérios; é importante distinguir entre curiosidades úteis e defeitos graves.
  • Em contextos técnicos ou de segurança, insistir em pontos positivos de uma obra deficiente pode ser negligente.

Equivalentes

  • espanhol
    No hay libro tan malo que no tenga algo bueno.
  • inglês
    Even the worst book has something good in it.
  • francês
    Il n'y a pas de livre si mauvais qu'il n'ait quelque chose de bon.
  • italiano
    Non esiste libro così cattivo da non avere qualcosa di buono.