Não há maior louco do que o que tem obrigação de ter juízo.

Não há maior louco do que o que tem obrigação  ... Não há maior louco do que o que tem obrigação de ter juízo.

Aquele que, por dever ou posição, devia agir com sensatez torna-se mais ridículo quando falha — a responsabilidade amplifica a falta de juízo.

Versão neutra

Não há ninguém mais tolo do que aquele que, por responsabilidade, deveria ser sensato.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que a falta de sensatez de alguém se torna mais grave e ridícula quando essa pessoa tem a obrigação, por função ou posição, de agir com juízo.
  • Quando é apropriado usá‑lo?
    Usa‑se para criticar decisões de quem tem responsabilidades, especialmente quando essas decisões têm consequências públicas ou afetam terceiros. Deve ser usado com cuidado por ser conotado e potencialmente ofensivo.
  • Pode ser considerado ofensivo ou insensível?
    Sim. O provérbio pode ferir ao etiquetar alguém de «louco» e não distingue entre erro, incapacidade ou doença. Evite‑o em contextos clínicos ou quando se pretende um juízo equilibrado.

Notas de uso

  • Frequentemente usado de forma crítica ou irónica contra quem ocupa cargos de responsabilidade (líderes, pais, professores).
  • Aplica-se a falhas pessoais que têm consequências públicas ou colectivas; implica reprovação moral.
  • Registo: coloquial a semi-formal; pode soar contundente e acusatório dependendo do contexto.

Exemplos

  • Quando o director aprovou o projeto sem estudos e a empresa perdeu clientes, os funcionários murmuraram: «Não há maior louco do que o que tem obrigação de ter juízo».
  • Ao ver o professor ignorar provas de plágio, um colega comentou ironicamente: «É triste, mas não há maior louco do que o que tem obrigação de ter juízo.»
  • Depois da série de más decisões no governo, os comentadores repetiam o provérbio para sublinhar a incongruência entre cargo e comportamento.

Variações Sinónimos

  • Mais tolo é aquele que devia ser sensato.
  • Não há maior tolo do que o que deveria ter juízo.
  • Quem devia ter juízo é ainda mais tolo quando o perde.

Relacionados

  • Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.
  • A responsabilidade expõe mais as falhas do que as qualidades.
  • A função revela o carácter.

Contrapontos

  • Generaliza: uma falha não prova falta permanente de juízo; contextos e pressões externas podem explicar decisões erradas.
  • Pode estigmatizar pessoas com problemas psicológicos ao confundir responsabilidade com normalidade mental.
  • Não considera que algumas posições exigem escolhas difíceis em situações de incerteza — nem sempre a decisão errada resulta de falta de juízo.

Equivalentes

  • Inglês
    There is no greater fool than he who is obliged to be wise.
  • Castelhano
    No hay más loco que el que tiene obligación de ser cuerdo.
  • Francês
    Il n'y a pas plus fou que celui qui se doit d'être raisonnable.