Não há maior surdo do que aquele que não quer ouvir.
A pessoa que recusa ouvir argumentos ou avisos é tão intransigente quanto alguém surdo — a causa é a vontade, não a incapacidade física.
Versão neutra
Ninguém é tão surdo como aquele que não quer ouvir.
Faqs
- Qual é a ideia principal deste provérbio?
Que a resistência a ouvir ou aceitar argumentos decorre da vontade de não ouvir, não de uma incapacidade física — é uma crítica à teimosia e ao preconceito. - Posso usar este provérbio numa conversa profissional?
Sim, pode ser usado para apontar uma postura inflexível, mas convém moderar o tom para não soar acusatório ou desrespeitoso. - É ofensivo dizer isso a alguém surdo?
Sim. O provérbio faz figura de estilo sobre recusa voluntária; aplicá‑lo a quem tem perda auditiva real é insensível e inadequado. - Existe origem conhecida para esta expressão?
Não existe uma origem única claramente documentada; formas semelhantes aparecem em várias línguas e tradições populares.
Notas de uso
- Usa-se para criticar quem ignora conselhos, evidências ou opiniões contrárias por teimosia ou preconceito.
- Aplicável em contextos pessoais, profissionais e públicos quando se pretende apontar resistência deliberada à informação.
- Evita usar o provérbio para descrever incapacidade auditiva real; pode ser considerado insensível se aplicado a quem é efetivamente surdo.
- Funciona como advertência: se alguém não quer ouvir, argumentos racionais dificilmente mudarão a sua posição.
Exemplos
- Discutimos várias soluções técnicas, mas o chefe manteve a posição inicial; não há maior surdo do que aquele que não quer ouvir.
- Quando os pais repetiram as regras e o filho continuou a ignorá‑las, comentámos: não há maior surdo do que aquele que não quer ouvir.
Variações Sinónimos
- Não há pior surdo do que quem não quer ouvir.
- Não há surdo maior do que o que não quer ouvir.
- Não há pior cego do que o que não quer ver. (variação com analogia visual)
Relacionados
- Quem não ouve conselho, ouve coitado.
- Quem não quer ser aconselhado, não é de ser ajudado.
- Quem cala consente.
- Quem não quer, arranja uma desculpa.
Contrapontos
- Ouvir não é o mesmo que aceitar — ouvir pode ser um gesto cortês sem mudança de opinião.
- Há situações em que recusar ouvir é uma defesa legítima (por exemplo, para proteger a saúde mental).
- Às vezes é preciso filtrar informação: não aceitar tudo o que se ouve não significa recusar ouvir.
Equivalentes
- Inglês
There is none so deaf as those who will not hear. - Espanhol
No hay peor sordo que el que no quiere oír. - Francês
Il n'est pire sourd que celui qui ne veut pas entendre. - Alemão
Kein Gehör ist tauber als das, das nicht hören will.