Não me pesa do que meu filho enfermou, mas da ruim manha que lhe ficou

Não me pesa do que meu filho enfermou, mas da rui ... Não me pesa do que meu filho enfermou, mas da ruim manha que lhe ficou.

Diz que o que mais preocupa não é a doença em si, mas o mau hábito ou mau temperamento que ficou como consequência.

Versão neutra

Não me preocupa tanto que o meu filho tenha adoecido, mas preocupa‑me a má manha que lhe ficou.

Faqs

  • O que significa exactamente ‘manha’ neste provérbio?
    ‘Manha’ refere‑se a um mau hábito, teimosia ou temperamento persistente — mais do que uma simples birra passageira.
  • Este provérbio é comum no português atual?
    É tradicional e reconhecível, sobretudo em linguagem popular e regional; em contexto urbano moderno pode soar arcaico ou crítico.
  • Posso usar este provérbio sem ofender alguém que sofreu doença?
    Deve ter cuidado: usado literalmente pode parecer que se culpa a pessoa pela consequência. É apropriado para discussão sobre hábitos, não para minimizar sofrimento.

Notas de uso

  • «Manha» aqui refere‑se a um mau hábito, teimosia ou temperamento persistente, não apenas a choradeira ocasional.
  • Registo: popular e tradicional; encontra‑se em linguagem rural ou em provérbios antigos.
  • Uso: comum quando se critica as consequências de um episódio (doença, educação, trauma) que deixou marcas comportamentais.
  • Cuidado: pode soar julgador se aplicado a pessoas que sofreram trauma; hoje admite leitura crítica e apelativa ao apoio.

Exemplos

  • Depois daquela febre prolongada, não me choca que ele tenha passado mal; o que me inquieta é a má manha que agora demonstra sempre que algo corre mal.
  • Ao falar com os encarregados de educação, a mãe resumiu: ‘não me pesa o que ele teve, pesa a teimosia que lhe ficou’ — um uso moderno do provérbio.

Variações Sinónimos

  • Não me pesa que o meu filho adoecesse, mas a má manha que lhe ficou.
  • Não é a doença que me preocupa, é o feitio que ficou.
  • Mais pesa a má disposição que a enfermidade.

Relacionados

  • De pequenino se torce o pepino.
  • O hábito faz o monge.

Contrapontos

  • Doença ou trauma não determinam inevitavelmente o carácter; com apoio adequado muitos traços podem atenuar‑se ou desaparecer.
  • O provérbio pode culpar indevidamente a vítima; a abordagem contemporânea privilegia compreensão e tratamento.

Equivalentes

  • Inglês (literal)
    I do not grieve that my son became ill, but the bad habit that remained.
  • Inglês (idiomático)
    It's not the illness that bothers me, but the lasting bad habits it left.
  • Espanhol
    No me pesa que mi hijo enfermara, sino la mala maña que le quedó.