Não perde o ano por farto.

Não perde o ano por farto.
 ... Não perde o ano por farto.

Uma ocasião de fartura ou um pequeno excesso não arruína o resultado do ano; não convém tirar grandes conclusões de um único episódio.

Versão neutra

Um excesso pontual não compromete o resultado de um ano.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa-se para minimizar a importância de um acontecimento isolado (uma refeição farta, um gasto excecional, um deslize), dizendo que isso não determina o resultado do ano.
  • É apropriado em discurso formal?
    É maioritariamente coloquial; em contextos formais convém preferir uma versão neutra como «um excesso pontual não compromete o ano».
  • Tem origem conhecida?
    A origem não está documentada aqui; parece ser de tradição popular, associada a ambientes rurais e a celebrações sazonais.
  • Pode ser mal interpretado?
    Sim — pode ser usado indevidamente para justificar comportamentos repetidos ou prejudiciais, pelo que é importante avaliar o contexto.

Notas de uso

  • Expressão de uso popular, frequente em contextos rurais e familiares; dita para minorar preocupações imediatas.
  • Tom coloquial e consolador; serve para relativizar um excesso (alimentar, gasto, folga) ou um episódio pontual.
  • Não é adequada para justificar comportamentos repetidos e prejudiciais (ex.: vícios, gastos excessivos continuados).
  • Pode ser usada tanto para estimular descontração numa festa como para acalmar alguém preocupado por um deslize isolado.

Exemplos

  • Não te preocupes por teres comido demais no Natal — não perde o ano por farto.
  • Gastámos um pouco mais na celebração, mas não perde o ano por farto; podemos ajustar o orçamento nos meses seguintes.

Variações Sinónimos

  • Não se perde o ano por uma farta refeição.
  • Um excesso não estraga o ano.
  • Não se perde o ano por comer à fartura.

Relacionados

  • Uma andorinha não faz verão.
  • Um dia não faz o ano.
  • Não há fome que dure cem anos.

Contrapontos

  • Se os excessos forem recorrentes, então podem sim prejudicar o ano — o provérbio aplica-se apenas a episódios isolados.
  • Em questões de saúde (p. ex. diabetes) ou de finanças graves, desempensar-se por um excesso pontual pode ser perigoso; o provérbio não substitui avaliação séria.

Equivalentes

  • inglês
    One swallow does not make a summer / A single excess won't ruin the year.
  • espanhol
    Una golondrina no hace verano / Un exceso puntual no arruina el año.