Não se adquire o supérfluo, senão à custa do necessário.

Para obter coisas supérfluas é preciso renunciar a bens ou necessidades essenciais; aconselha prudência nas despesas.

Versão neutra

Não se compra o que é supérfluo sem sacrificar algo necessário.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o ao alertar alguém para prioridades financeiras ou para decisões em que um luxo pode comprometer uma necessidade básica, como alimentação, saúde ou moradia.
É um provérbio moralista?
Tem uma carga normativa sobre prudência e moderação, mas serve sobretudo como aviso prático sobre consequências económicas das escolhas de consumo.
Serve para discutir poupança versus gasto em experiências?
Sim, mas convém distinguir entre supérfluo que não acrescenta valor e gastos que, apesar de não essenciais, trazem benefícios duradouros (bem‑estar, relações, formação).

Utiliza-se para advertir contra gastos desnecessários que comprometem o essencial.
Registo: popular e neutro; adequado em conversas informais e em textos que tratem de finanças pessoais ou ética do consumo.
Aplica-se tanto a compras individuais como a decisões coletivas (família, orçamento de uma organização).
Não serve para justificar austeridade extrema sem contexto — refere-se ao equilíbrio entre necessidades e luxos.

Se comprares aquele relógio caro e deixares de pagar o seguro da casa, lembra-te: não se adquire o supérfluo, senão à custa do necessário.
O conselho do pai foi direto quando a filha quis trocar a renda por uma viagem dispendiosa: 'não se adquire o supérfluo, senão à custa do necessário'.

Algumas despesas aparentemente supérfluas têm valor social ou psicológico (por exemplo, um presente que fortalece relações), pelo que o cálculo estritamente material pode ser insuficiente.
Investir em bens de maior qualidade pode implicar gasto inicial elevado mas reduzir custos futuros — nem todo o supérfluo aparente é inútil a longo prazo.
O crédito permite adquirir supérfluos sem sacrificar imediatamente o necessário, mas isso transfere o custo para o futuro (juros, risco de endividamento).