Não se pode tocar o sino e acompanhar a procissão

Não se pode tocar o sino e acompanhar a procissão.

Não é possível fazer ao mesmo tempo duas acções incompatíveis; é preciso escolher ou delegar.

Versão neutra

Não se podem fazer duas coisas incompatíveis ao mesmo tempo.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Sempre que se pretende enfatizar que duas acções são mutuamente exclusivas e é necessário escolher, delegar ou reorganizar tarefas. É comum em contextos profissionais e pessoais.
O provérbio é ofensivo ou sensível?
Não. Trata‑se de uma expressão neutra, de uso popular, sem conteúdo discriminatório nem sensível.
Há alternativas modernas que expressem a mesma ideia?
Sim — expressões como 'não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo' ou recomendações sobre delegação e planeamento transmitem a mesma ideia em linguagem contemporânea.

Usa-se para sublinhar a necessidade de escolher entre alternativas mutuamente exclusivas.
Registo: popular e coloquial; apropriado em conversas informais e em textos que abordem prioridades.
Implícito no provérbio está o conselho de evitar tentar cumprir papéis que se excluem sem planeamento ou ajuda.

O director percebeu que não podia estar em todas as reuniões ao mesmo tempo e disse: 'Não se pode tocar o sino e acompanhar a procissão', por isso delegou parte das tarefas.
Quando te ofereceste para organizar a festa e para ser DJ, expliquei-te que não dava — não se pode tocar o sino e acompanhar a procissão; precisas de ajuda ou de reduzir responsabilidades.

Com planeamento, delegação e uso de tecnologia muitas tarefas sobrepostas podem ser coordenadas; o provérbio aplica-se sobretudo a actos que são literalmente incompatíveis.
Em alguns casos criativos, é possível conciliar funções por sinergia ou por mudança de método, contrariando a aplicação rígida do provérbio.
A cultura contemporânea valoriza multitasking; contudo, empiricamente, a eficácia pode diminuir, pelo que o provérbio mantém relevância prática.