Não seja o castigo maior do que foi a culpa

A punição ou resposta a um erro não deve exceder a gravidade da falta cometida; pede proporcionalidade e moderação.

Versão neutra

A pena não deve ser superior à falta cometida.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer advertir contra reações desproporcionadas a um erro ou falha, seja numa conversa privada, numa reunião de trabalho ou num debate sobre políticas disciplinares.
Significa que nunca devemos punir com severidade?
Não. O provérbio defende proporcionalidade: reconhece a legitimidade de punir, mas alerta para sanções que excedem a gravidade da falta ou provocam mais mal do que o prejuízo original.
Como aplicar isto na prática, por exemplo, na educação de filhos?
Avalie a intenção e a consequência do acto, prefira medidas educativas e reparadoras em vez de castigos excessivos, e ajuste a resposta conforme a idade e a repetição do comportamento.
É um princípio relevante na justiça?
Sim. A proporcionalidade das penas é um princípio jurídico importante: a sanção deve corresponder à gravidade do crime e às circunstâncias pessoais do condenado.

Usa-se para aconselhar moderação ao reagir a um erro, tanto em contexto pessoal como institucional.
Aplica-se em debates sobre justiça, disciplina escolar, relações familiares e decisões profissionais.
Não invalida a necessidade de responsabilização; ressalva que a sanção deve ser proporcional ao acto e às circunstâncias.
Ao aplicar, avalia-se a intenção, a extensão do dano, antecedentes e possibilidades de reparação ou reintegração.

Ao decidir a sanção pelo atraso, o chefe lembrou: não seja o castigo maior do que foi a culpa — uma advertência bastaria.
Os pais conversaram e combinaram uma consequência proporcional: nada de castigos excessivos para um erro inocente.
Na reunião do conselho, discutiu‑se que medidas mais duras podiam causar mais prejuízo do que corrigir o erro, pelo que se optou por uma solução pedagógica.

Em alguns casos de risco público ou reincidência, sanções mais severas são defendidas para dissuadir comportamentos perigosos.
O conceito de proporcionalidade pode variar culturalmente; o que parece excessivo para uns pode ser considerado justo por outros.
Em situações de emergência ou crime grave, respostas firmes podem ser necessárias mesmo que sejam duras.