Nem lá vou, nem faço míngua.
Recusa firme a participar ou a pedir algo, mantendo a dignidade — não vou, mas também não me humilho.
Versão neutra
Não vou lá e também não me humilho/peço favores.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se para recusar uma proposta, pressão ou convite, enfatizando que se mantém a dignidade e que não se vai pedir ou mendigar nada. - É adequado em contexto formal?
É uma expressão de registo popular e coloquial; em contextos formais recomenda-se uma formulação mais neutra, por exemplo: «Recuso a proposta e não pretendo solicitar favores.» - Tem conotação negativa?
Não necessariamente; pode transmitir firmeza e auto-respeito. Em alguns contextos pode parecer orgulhoso ou inflexível.
Notas de uso
- Expressa recusa ou distanciamento sem perda de orgulho ou sem pedir favores.
- Registo popular e coloquial; usado sobretudo em contextos informais.
- Pode ter tom bem-humorado ou defensivo, dependendo da entoação e do contexto.
- Nem sempre literal: às vezes comunica simplesmente que a pessoa não pretende envolver-se nem ser prejudicada.
Exemplos
- Quando lhe ofereceram o emprego numa empresa que o tinha tratado mal, respondeu: «Nem lá vou, nem faço míngua.»
- Disseram-lhe para implorar uma segunda oportunidade, mas ele recusou: «Nem lá vou, nem faço míngua.»
- Ao serem pressionados a aceitar condições injustas, muitos disseram: «Nem lá vamos, nem fazemos míngua.»
Variações Sinónimos
- Não vou lá nem me humilho.
- Nem vou, nem peço favores.
- Não vou e não me ponho a mendigar.
Relacionados
- Quem não quer, ninguém obriga.
- Antes só do que mal acompanhado.
- A dignidade não se vende.
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca. (incentiva a participar)
- Pedindo se consegue. (encoraja a pedir favores)
- Mais vale um gosto que me pague. (aceitação por benefício)
Equivalentes
- Inglês (tradução literal/explicativa)
I won't go there, nor will I abase myself / beg. - Espanhol
Ni voy ni me humillo. - Francês
Je n'y vais pas et je ne me mets pas à mendier.