Nem o rouxinol de cantar, nem a mulher de falar.

Nem o rouxinol de cantar, nem a mulher de falar.
 ... Nem o rouxinol de cantar, nem a mulher de falar.

Expressa, de forma depreciativa, que alguém não serve para cantar nem para falar; historicamente usada para desvalorizar a fala feminina.

Versão neutra

Não é bom a cantar nem a falar.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que alguém não serve nem para cantar nem para falar; tradicionalmente usado para depreciar a fala feminina ou a capacidade de expressão.
  • É ofensivo usar este provérbio hoje?
    Sim — contém um estereótipo de género. É considerado antiquado e potencialmente ofensivo, por isso deve ser evitado em contextos contemporâneos.
  • Posso usar uma versão neutra?
    Sim. Formulações como «Não é bom a cantar nem a falar» transmitem a ideia sem recorrer a termos que estigmatizam um grupo.
  • Qual é a origem do provérbio?
    Trata‑se de um provérbio popular de tradição oral em língua portuguesa; não há data ou autor claramente identificados.

Notas de uso

  • Uso tradicional e pejorativo: costuma desvalorizar a capacidade de falar de uma mulher.
  • Contexto: aparece em registos orais antigos; hoje é considerado antiquado e potencialmente ofensivo.
  • Registo: informal, coloquial e crítico. Usar com cuidado ou preferir versões neutras.
  • Empregado por vezes de forma irónica para criticar quem fala demasiado ou mal.

Exemplos

  • Quando ouviu aquela resposta atabalhoada disse, com ironia, «nem o rouxinol de cantar, nem a mulher de falar», mostrando desagrado — uso que hoje soa ofensivo.
  • Para evitar ofender, ele disse numa reunião que a pessoa «não é boa a cantar nem a falar», em vez de repetir o provérbio tradicional.

Variações Sinónimos

  • Nem rouxinol para cantar, nem mulher para falar.
  • Nem canta o rouxinol, nem fala a mulher.
  • Não serve para cantar nem para falar.

Relacionados

  • Em boca fechada não entra mosca.
  • Quem cala consente.
  • Falar demais é desatino.

Contrapontos

  • O provérbio reproduz um estereótipo de género; hoje defende‑se que todas as pessoas têm o direito a falar.
  • Silêncio não é automaticamente virtude; avaliar conteúdo e contexto é mais importante do que calar alguém por norma.
  • Usar o provérbio pode silenciar vozes legítimas; melhor optar por críticas ao conteúdo ou à forma, não à identidade.

Equivalentes

  • inglês
    Neither the nightingale to sing, nor the woman to speak. (literal) / Silence is golden. (equivalente funcional)
  • espanhol
    Ni el ruiseñor para cantar, ni la mujer para hablar. (tradução literal)