Nem todos são para tudo, nem tudo a todos se diz.
Nem todas as pessoas servem para todas as tarefas e nem todas as informações devem ser partilhadas com toda a gente.
Versão neutra
Nem todas as pessoas são adequadas para todas as funções, e nem tudo deve ser dito a toda a gente.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio?
Significa que as pessoas têm aptidões e limites diferentes e que é prudente escolher tanto quem faz determinada tarefa como a quem se comunicam certas informações. - Quando é apropriado usá‑lo?
Quando se dá um conselho sobre delegação de funções, confidencialidade ou discrição. Use‑o para justificar precaução, não para excluir sem razão. - Pode ser considerado ofensivo?
Pode sê‑lo se usado para discriminar ou impedir a aprendizagem de alguém. É importante fundamentar a escolha de responsabilidades em competências e oportunidades justas.
Notas de uso
- Expressa prudência na escolha de pessoas para tarefas e na selecção de informação a transmitir.
- Convém usar em contexto de conselho prático — trabalho, confidências ou distribuição de responsabilidades.
- Tom e intenção: pode ser neutro ou protector; cuidado para não soar discriminatório ou exclusório.
- Não justifica ocultação de informação essencial por descuido ou por receio injustificado; deve ser equilibrado com transparência quando necessário.
Exemplos
- No projecto, o gestor disse: 'Nem todos são para tudo' — por isso delegou tarefas conforme as competências de cada um.
- Ao aconselhar um amigo, Maria lembrou‑lhe: 'Nem tudo a todos se diz' quando ele queria contar detalhes pessoais a conhecidos superficiais.
- O diretor explicou que certas decisões internas não podiam ser divulgadas à equipa neste momento: 'Nem tudo a todos se diz', justificando a confidencialidade temporária.
Variações Sinónimos
- Nem todos servem para tudo.
- Nem tudo deve ser dito a toda a gente.
- Cada um no seu lugar; cada segredo tem o seu guardião.
- Há coisas que não se dizem a qualquer um.
Relacionados
- Cada macaco no seu galho.
- Há males que vêm por bem (em contexto de escolha de responsabilidades).
- Falar menos, agir mais (como conselho de prudência).
- Em boca fechada não entra mosca.
Contrapontos
- Excessiva restrição pode impedir partilha útil de conhecimento e crescimento profissional.
- Usado indevidamente, o provérbio pode justificar exclusão, discriminação ou falta de transparência.
- Em ambientes que exigem abertura (ex.: investigação colaborativa), a máxima não deve inibir a comunicação necessária.
- Decidir quem 'é para' cada tarefa deve basear‑se em competências e oportunidade de aprendizagem, não apenas em preconceitos.
Equivalentes
- inglês
Not everyone is cut out for everything, and not everything should be told to everyone. - espanhol
No todos valen para todo, ni todo ha de contarse a todos. - francês
Tout le monde n'est pas fait pour tout, et tout ne doit pas être dit à tout le monde.