Ninguém se livra de pedrada de doido, nem de coice de burro

Ninguém se livra de pedrada de doido, nem de coic ... Ninguém se livra de pedrada de doido, nem de coice de burro.

Expressa que há danos ou afrontas imprevisíveis vindos de pessoas irracionais ou de animais, que muitas vezes não se conseguem evitar.

Versão neutra

Não se evita a pedrada de alguém instável nem o coice de um burro.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa-se quando alguém sofre uma ofensa ou dano imprevisível e se quer transmitir que nem tudo se pode evitar, sobretudo quando a ação vem de alguém irracional ou de um animal.
  • É um provérbio ofensivo?
    Pode ser considerado ofensivo, porque emprega termos pejorativos para pessoas com instabilidade mental e para animais. Recomenda‑se cautela no uso e, se possível, optar por linguagem neutra.
  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem concreta não é conhecida; trata‑se de expressão popular provavelmente de origem rural, transmitida oralmente.
  • Há equivalentes noutras línguas?
    Sim — muitas línguas têm ditos semelhantes que expressam a ideia de que não se pode evitar ações imprevisíveis de pessoas irracionais ou de animais.

Notas de uso

  • Uso habitual em registos orais e informais, sobretudo em contextos rurais ou familiares.
  • Serve para justificar ou aceitar um prejuízo inesperado que não resulta de negligência própria.
  • Pode também advertir para a necessidade de cautela junto de pessoas instáveis ou animais perigosos.
  • Contém termos que podem ser considerados pejorativos ('doido', 'burro') — usar com cuidado.

Exemplos

  • Apesar de todas as precauções, o automóvel foi danificado por um ato imprevisível na estrada — ninguém se livra de pedrada de doido, nem de coice de burro.
  • Quando o cliente começou a insultar sem motivo e a rasgar o contrato, pensei: ninguém se livra de pedrada de doido, nem de coice de burro; vamos resolver isto com calma.

Variações Sinónimos

  • Ninguém se livra da pedrada do louco nem do coice do jumento.
  • Do louco e do burro ninguém se salva.
  • Não há remédio para a pedrada do louco nem para o coice do burro.

Relacionados

  • Contra o louco não há remédio (variante focada na irracionalidade).
  • Há males que não têm remédio (aceitação de azar inevitável).
  • Quem vai à caça perde a caça (aceitação de riscos; diferente mas relacionado)

Contrapontos

  • Nem tudo é inevitável: muitos riscos imprevisíveis reduzem-se com boa prevenção ou evitando contactos perigosos.
  • Usar o provérbio para desculpar negligência pode ser injusto; distinguir entre azar inevitável e falta de cuidado.
  • A linguagem pejorativa pode estigmatizar pessoas com problemas de saúde mental; é preferível evitar termos ofensivos.

Equivalentes

  • inglês
    You can't stop a madman from throwing a stone nor a donkey from giving a kick (literal); similar idea: 'You can't reason with a madman.'
  • espanhol
    Del loco y del bruto nadie se libra.
  • francês
    On ne se débarrasse pas du coup d'un fou ni du coup d'un âne.