O abuso ensina o verdadeiro uso.

O uso excessivo ou indevido de algo revela os seus limites, fraquezas e a forma correcta ou incorrecta de o empregar.

Versão neutra

O uso excessivo revela os limites e as características reais de algo.

O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que, ao usar algo de forma excessiva ou imprópria, acabam por emergir os seus limites, defeitos e o modo correcto ou incorrecto de o empregar.
Em que contextos posso usar este provérbio?
Em discussões sobre ferramentas, tecnologia, métodos de trabalho, relações pessoais ou políticas, sempre que se queira apontar que testes extremos revelam fraquezas ou usos reais.
Tem conotação positiva ou negativa?
É sobretudo observacional; pode ter conotação crítica quando se refere a abuso real, mas também valoriza o conhecimento obtido pela experiência.
Será que o provérbio encoraja o abuso?
Não necessariamente; descreve um fenómeno: o abuso pode revelar limites, mas pode também causar danos. A frase pode justificar testes controlados, não a destruição intencional.

Pode aplicar‑se a objetos, ferramentas, métodos, sistemas e relações humanas.
Geralmente usado para justificar testes extremos ou para explicar como se descobrem falhas e limites.
Tem um tom observacional e pode sugerir crítica: o ‘abuso’ mostra o que funciona e o que não funciona.
Registo: neutro a informal; adequado em conversas, textos reflexivos e comentários técnicos, menos em contextos altamente formais.

Depois de vários anos a sobrecarregar o motor, percebemos que o problema vinha do design — o abuso ensina o verdadeiro uso.
Num projecto piloto, só quando testámos o software em condições extremas é que vimos onde falhava; o abuso ensina o verdadeiro uso.
Quando se confia cegamente numa pessoa e se abusa dessa confiança, aprende‑se rapidamente até que ponto ela é fiável.
Se usar constantemente uma ferramenta para fins para que não foi feita, acabará por descobrir onde ela não suporta esse uso.

A moderação preserva a utilidade — o uso correcto nem sempre passa pelo abuso.
Nem sempre é necessário abusar para aprender; a análise e o teste controlado também revelam limites.
O abuso pode destruir o objecto antes de se aprender o seu uso correcto.