O boi é que sobe, o carro é que geme.
Expressa que o trabalho e o esforço são suportados por quem os faz, enquanto os objetos ou os beneficiários apenas mostram sinais exteriores de desgaste ou queixa.
Versão neutra
Quem suporta o esforço é quem realmente trabalha; os instrumentos ou beneficiários apenas mostram sinais de sofrimento.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Indica que o esforço e as consequências recaem sobre quem trabalha, enquanto outros apenas mostram sinais exteriores de desconforto ou beneficiam da situação. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar ou chamar a atenção para uma distribuição injusta do trabalho ou dos benefícios, sobretudo em contextos laborais, comunitários ou domésticos. - É um provérbio ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas tem um tom crítico. Evite usá‑lo para atacar pessoas individualmente; é mais adequado para comentários gerais sobre situações injustas. - Qual a origem deste provérbio?
Origem rural tradicional — usa a imagem do boi e do carro para representar trabalho e objecto. Não há fonte documentada conhecida.
Notas de uso
- Imagem rural: contrasta o animal que puxa (o boi) com o veículo que range (o carro).
- Usado para criticar distribuição injusta de trabalho e benefícios — quem trabalha sofre, outros recebem ou só se queixam.
- Tom crítico; aparece em contextos sociais, laborais e familiares.
- Pode soar arcaico devido à imagem do boi e do carro; adequado em textos que recorram a provérbios tradicionais.
Exemplos
- Na reunião ficou claro que, apesar das promessas, são os operários que trabalham horas extra — o boi é que sobe, o carro é que geme.
- Quando a empresa exigiu resultados, coube aos técnicos a maior carga de trabalho; o gestor só apontou problemas — o boi é que sobe, o carro é que geme.
Variações Sinónimos
- É quem trabalha que paga o custo.
- O esforço fica para quem trabalha; os outros ficam a queixar‑se.
Relacionados
- Quem trabalha, que se canse (parcialmente relacionado: sobre o esforço do trabalhador).
- O mais fraco leva a maior carga (paráfrase temática sobre desigualdade de esforço).
Contrapontos
- Quando o líder também participa no trabalho, o provérbio não se aplica.
- Em equipas com divisão justa de tarefas não faz sentido usar esta expressão.
- A imagem pode ser injusta se as queixas do 'carro' revelarem problemas reais de manutenção ou de gestão.
Equivalentes
- Português (paráfrase)
Quem trabalha carrega o peso; os objectos ou outros apenas se queixam. - Inglês (aproximação)
The ox does the climbing, the cart only creaks. (used to say the worker bears the burden) - Espanhol (literal)
El buey sube y el carro cruje.