O bom marinheiro se conhece na tempestade

O bom marinheiro se conhece na tempestade.

As verdadeiras capacidades e o carácter de uma pessoa ficam evidentes quando enfrenta dificuldades ou crises.

Versão neutra

As competências reais de alguém tornam-se visíveis em situações difíceis.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer enfatizar que alguém demonstrou competência ou firmeza perante uma situação difícil — por exemplo, depois de uma crise bem gerida por um líder ou equipa.
O provérbio implica que quem falha na crise é sempre incompetente?
Não. Falhar numa crise pode dever-se a fatores externos, falta de recursos ou acaso. O provérbio refere-se, de forma geral, a como o carácter e as capacidades se manifestam sob pressão, não a julgamentos absolutos.
Serve apenas para contextos militares ou marítimos?
Não. Apesar da imagem náutica, aplica-se a qualquer domínio (empresarial, médico, desportivo, pessoal) onde se avaliam respostas em situações adversas.

Usa-se para valorizar quem reage bem perante pressão ou adversidade.
Frequentemente aplicado a líderes, equipas ou profissionais testados por uma situação crítica.
Não deve servir para ignorar falhas sistemáticas ou para culpar indivíduos por problemas estruturais fora do seu controlo.
Tomar o provérbio como absoluto pode levar a sobrevalorizar ações pontuais de sorte ou a subestimar competência demonstrada em contextos mais estáveis.

Durante a falha do sistema, o diretor mostrou calma e tomou decisões claras — o bom marinheiro ficou conhecido na tempestade.
Num jogo onde tudo corria mal, o capitão manteve a equipa unida e deu instruções eficazes — provou o que valia quando a pressão aumentou.
Quando a clínica enfrentou um surto repentino, a equipa sénior organizou turnos e protocolos, revelando competências que não eram visíveis em tempos normais.

Situações excepcionais podem expor fraquezas mesmo em profissionais competentes; uma má reação numa crise não anula capacidades demonstradas noutras ocasiões.
Problemas sistémicos (falta de recursos, más instruções) podem impedir um bom desempenho mesmo de quem é capaz; a tempestade nem sempre permite mostrar talento.
Nem todas as competências se medem em crise — planeamento, constância e empatia em tempos calmos também importam.