O cão no osso, a cadela no lombo.
Expressa a ideia de desigualdade entre quem possui algo e quem fica à espera ou tenta tirar proveito.
Versão neutra
Quem tem o bem, guarda; quem não tem, tenta tomá‑lo.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer resumir, de forma coloquial, uma situação em que alguém detém um recurso e outros ficam à espera ou tentam obtê‑lo sem o merecer. - É um provérbio ofensivo?
Não é necessariamente ofensivo, mas o registo é rústico; em contextos formais ou sensíveis pode parecer grosseiro ou desadequado. - Tem origem histórica conhecida?
Não há registo de origem precisa; pertence à tradição oral popular, provavelmente rural, transmitida regionalmente.
Notas de uso
- Usa-se para comentar situações de posse desigual, inveja ou aproveitamento.
- Tomar este provérbio ao pé da letra refere-se a animais; no uso corrente é metafórico.
- Pode soar rústico ou desactualizado em contextos formais; evitar em ambientes sensíveis.
Exemplos
- Na reunião, o gerente decidiu os aumentos sozinho — cão no osso, cadela no lombo; os restantes ficaram a olhar.
- Ela tem a clientela toda; o concorrente só passa horas à porta a tentar fisgar uma venda — cão no osso, cadela no lombo.
Variações Sinónimos
- O cão com o osso, a cadela no lombo (variação mínima)
- Quem tem, tem; quem não tem, quer (sinopse de sentido)
Relacionados
- Uma mão lava a outra (contraponto sobre reciprocidade)
- A união faz a força (sugere cooperação em vez de apropriação)
Contrapontos
- Uma mão lava a outra — enfatiza troca e ajuda mútua em vez de apropriação unilateral.
- Partilhar faz ganhar — ideia contrária de dividir bens em vez de um só os deter.
Equivalentes
- English
One has the bone, the other clings to get it (literal sense); conveys that one person holds what others want and others try to take advantage. - Español
El perro con el hueso, la perra en el lomo (traducción literal); se usa para señalar desigualdad entre quien posee y quien intenta aprovecharse.