O céu é de quem o ganha, e a terra, de quem a apanha.
A ideia de que aquilo que se conquista — por esforço, coragem ou força — passa a pertencer a quem o obteve; afirmação sobre mérito e posse.
Versão neutra
O que se conquista pertence a quem o conquistou; o que se recolhe pertence a quem o trabalhou.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que o que se obtém por conquista, esforço ou força passa a pertencer a quem o conseguiu; é uma formulação sobre mérito e posse. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos em que se discute mérito pessoal, conquista ou posse alcançada; convém evitar usá‑lo como justificação única em temas legais ou de justiça social. - O provérbio apoia a apropriação por meios ilegítimos?
Não necessariamente; historicamente tem sido usado tanto para louvar o mérito quanto para criticar ou justificar apropriações. É um enunciado moral que deve ser ponderado à luz de leis e ética. - É um provérbio antigo?
Trata‑se de um ditado tradicional de linguagem popular; a sua origem exacta não é documentada aqui, sendo transmitido oralmente em diferentes variantes.
Notas de uso
- Frequentemente usado para justificar direitos adquiridos pela acção (trabalho, luta, conquista).
- Pode aparecer em tom laudatório (elogio ao mérito) ou irónico/crítico (denúncia de usurpação).
- Não é um argumento jurídico: ignora frequentemente leis, direitos históricos e desigualdades estruturais.
- Adequado em discursos sobre iniciativa pessoal, menos apropriado em debates sobre justiça social sem contextualização.
Exemplos
- Na assembleia da aldeia, o ancião resumiu: "O céu é de quem o ganha, e a terra, de quem a apanha" — referindo‑se aos que defenderam o campo na guerra e aos que o cultivam agora.
- O empresário usou o provérbio para defender medidas de protecção das suas propriedades: foi recebido com aplausos por alguns e críticas por outros preocupados com desalojamentos.
Variações Sinónimos
- O céu pertence a quem o conquista, e a terra a quem a toma.
- Ao vencedor ficam os despojos; ao trabalhador, a colheita.
- Quem alcança, fica com aquilo que alcançou; quem apanha, retém a terra.
Relacionados
- Cada um colhe o que semeia.
- Ao vencedor, os despojos.
- Quem não trabalha, não come.
Contrapontos
- O provérbio não considera contextos de injustiça histórica (ex.: expropriação, colonização, servidão).
- Ignora factores como privilégio inicial, azar ou leis que garantem direitos colectivos.
- Pode ser usado para legitimar violência ou apropriação indevida se tomado como justificação imediata.
Equivalentes
- Inglês
To the victor belong the spoils. - Francês
Au vainqueur les dépouilles. - Espanhol
Al vencedor le corresponden los despojos.