O dinheiro pode comprar um título, mas não o respeito; pode comprar um médico, mas não a saúde; pode comprar sangue, mas não a vida; pode comprar o sexo, mas não o amor.
Provérbios Chineses
O provérbio contrapõe bens e serviços que o dinheiro pode adquirir a valores e estados íntimos (respeito, saúde, vida, amor) que não são garantidos pela riqueza.
Versão neutra
O dinheiro pode comprar títulos, serviços ou atenção, mas não garante respeito, saúde, vida ou amor.
Faqs
- O que quer dizer exactamente?
Significa que a riqueza permite adquirir posições, serviços ou actos, mas não garante emoções, valores morais ou estados biológicos intrínsecos como respeito, saúde, vida ou amor. - É um provérbio ofensivo por mencionar sexo?
Não é necessariamente ofensivo; usa a palavra 'sexo' de forma descritiva para distinguir actos transaccionados de afectos genuínos. Ajuste o uso ao público e contexto. - Quando é adequado usar este provérbio?
Em debates sobre ética, desigualdade, relações pessoais ou quando se quer sublinhar os limites do poder económico. Evite-o em situações clínicas ou pessoais sensíveis sem clarificação. - O provérbio nega qualquer influência do dinheiro?
Não. Reconhece que o dinheiro tem efeitos práticos, mas chama a atenção para aquilo que não pode comprar — sobretudo valores íntimos e absolutos.
Notas de uso
- Registo: coloquial e aforístico; adequado em conversas críticas sobre desigualdade, ética ou prioridades pessoais.
- Uso: serve para lembrar que recursos financeiros aumentam acessos, mas não substituem qualidades intrínsecas ou afectos genuínos.
- Tom: frequentemente usado de forma retórica ou moralizante; pode ser visto como simplificador se aplicado sem nuance.
- Audiência: evitar em contextos onde se discute saúde médica concreta sem nuance, pois pode desvalorizar a importância do acesso aos cuidados.
Exemplos
- Num debate sobre privilégios, Maria disse que preferia ser reconhecida pelo seu trabalho do que ter um título comprado: "O dinheiro pode comprar um título, mas não o respeito."
- Depois de gastar muito em tratamentos, o casal aprendeu que pagar médicos melhor equipados aumenta as hipóteses, mas não assegura a cura: "Podemos pagar um médico, mas não a saúde."
- Num documentário sobre tráfico de órgãos, o narrador observou que comprar sangue ilegalmente revela que o dinheiro, por si só, não compra a vida.
- Ao conversar sobre relações superficiais, João comentou que muitas pessoas confundem sexos pagos com intimidade verdadeira: "Pode comprar o sexo, mas não o amor."
Variações Sinónimos
- O dinheiro não compra a felicidade.
- O dinheiro compra coisas, não valores.
- Pode comprar o corpo, não a alma.
- O dinheiro compra a aparência de respeito, não o respeito verdadeiro.
Relacionados
- Não há dinheiro que pague a saúde.
- Não se compra o amor.
- Amigos não se compram.
- A riqueza não garante dignidade.
Contrapontos
- Dinheiro aumenta acesso a cuidados de saúde, melhores profissionais e melhores condições, o que pode melhorar significativamente os resultados — não é neutro face à saúde ou à vida.
- Poder económico pode forçar manifestações de respeito (cumprimentos, deferência profissional), pelo que a distinção entre respeito genuíno e respeito por interesse é importante.
- Na prática social, riqueza altera opções e oportunidades; o provérbio sublinha limites morais e emocionais, não a inexistência de efeitos materiais do dinheiro.
Equivalentes
- inglês
Money can buy you a house, but not a home; it can buy you a doctor, but not health; it can buy you a bed, but not sleep; it can buy you companionship, but not love. - espanhol
El dinero puede comprar un título, pero no el respeto; puede comprar un médico, pero no la salud; puede comprar sexo, pero no el amor. - francês
L'argent peut acheter un titre, mais pas le respect; il peut acheter un médecin, mais pas la santé; il peut acheter le sexe, mais pas l'amour.