O malfeito é da conta de todo mundo.
As consequências de um acto errado ou mal executado acabam por afectar toda a comunidade e exigem atenção colectiva.
Versão neutra
As consequências de um malfeito dizem respeito a toda a comunidade.
Faqs
- O provérbio significa que todos são culpados?
Não necessariamente. O provérbio refere‑se sobretudo ao facto de as consequências de um acto errado afectarem a comunidade; não prova que todos tenham cometido o acto. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado ao falar de situações em que um erro, negligência ou dano exige esforço, custos ou atenção colectivas — por exemplo, em catástrofes, falhas organizacionais ou prejuízos públicos. - Pode justificar a cobrança ou punição colectiva?
O provérbio pode ser invocado para discutir responsabilidades partilhadas na gestão das consequências, mas não legitima, por si só, punições indiscriminadas a pessoas inocentes.
Notas de uso
- Usa‑se para sublinhar que um erro, dano ou acto negligente tem impacto colectivo e não apenas individual.
- Não implica necessariamente que todos sejam culpáveis do acto; refere‑se sobretudo às consequências ou aos encargos resultantes.
- Adequado em contextos sociais, profissionais e comunitários para justificar acção conjunta ou partilha de responsabilidades.
- Evitar como acusação directa a pessoas inocentes; o provérbio descreve efeitos partilhados, não prova de culpa.
Exemplos
- Depois do derrame de óleo na praia, percebeu‑se que o malfeito era da conta de todo mundo: voluntários, autarquia e pescadores tiveram de colaborar na limpeza.
- Quando um departamento da empresa falha na segurança, as perdas e a reputação afectam a organização inteira — o malfeito é da conta de todo mundo.
- Se ninguém cumprir as normas de higiene, o surto vai prejudicar a escola toda; é um problema de todos e exige medidas colectivas.
- Numa aldeia pequena, um incêndio provocado por negligência trouxe despesas e vigilância reforçada para todos — um exemplo de que o malfeito pesa sobre a comunidade.
Variações Sinónimos
- O erro de um é problema de todos.
- O malfeito pesa para toda a gente.
- As consequências do malfeito pertencem a todos.
- O que é mal feito afeta a todos.
Relacionados
- Responsabilidade colectiva
- Solidariedade em face de prejuízos
- Consequências partilhadas
Contrapontos
- Cada um colhe o que planta. (Enfatiza responsabilidade individual.)
- A cada um o seu castigo. (Sugere que a punição deve incidir sobre o culpado.)
- Quem fez, que pague. (Defende responsabilização pessoal em vez de compartilhada.)
Equivalentes
- inglês
One person's wrongdoing affects everyone. - espanhol
Lo mal hecho perjudica a todos. - francês
Une mauvaise action nuit à tous. - alemão
Eine schlechte Tat betrifft alle.