O mau por todo preço é caro

O mau por todo preço é caro.

Aceitar algo de má qualidade ou fazer um compromisso severo a qualquer preço acaba por ser dispendioso ou ter consequências negativas.

Versão neutra

O mau, a qualquer preço, sai caro.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que aceitar algo de má qualidade, ou fazer um compromisso moral ou prático a todo o custo, tende a resultar em maiores despesas ou prejuízos no futuro.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer alertar alguém para os riscos de cedências precipitadas, compras por impulso, contratos duvidosos ou compromissos éticos que possam trazer consequências negativas a médio e longo prazo.
É o mesmo que 'O barato sai caro'?
São provérbios relacionados: ambos avisam para custos ocultos de escolhas aparentemente baratas ou fáceis. 'O mau por todo preço é caro' acrescenta uma dimensão moral/qualitativa — não só preço, mas o carácter ou qualidade do que se aceita.
Há excepções a esta ideia?
Sim. Em situações de emergência, falta de alternativas ou quando o custo imediato de não agir é maior, aceitar uma solução imperfeita pode ser racional. A avaliação deve ser contextual.

Advertência contra aceitar soluções rápidas, compromissos morais ou bens/serviços de má qualidade apenas para obter um resultado imediato.
Usa‑se em contextos económicos (compras, contratos) e éticos (corrupção, concessões de princípios).
Tom neutro; pode ser dito tanto em registo familiar como profissional para aconselhar prudência.
Implica avaliação de custos futuros — financeiros, de reputação ou legais — superiores ao ganho imediato.

Assinar esse contrato só para fechar o negócio seria precipitado — o mau por todo preço é caro: as cláusulas escondidas vão custar-nos muito mais.
Compraram o material mais barato e pouparam agora, mas com as avarias e paragens a produção sofreu — afinal, o mau por todo preço é caro.
Recusar denunciar práticas erradas por medo de perder o contrato foi um erro; aceitar o mal a qualquer preço trouxe problemas legais e de imagem.

Em situações de emergência pode justificar‑se aceitar uma solução imperfeita para resolver um problema imediato.
Em contextos de escassez ou vida/saúde, o custo imediato pode sobrepor‑se ao risco de uma escolha menos rigorosa.
Nem toda a poupança inicial resulta em custo superior; deve avaliar‑se caso a caso com dados e probabilidades.