O medo da desgraça é bem pior que a própria desgraça.

O medo da desgraça é bem pior que a própria desgraça.
Proverbios Judaicos

A antecipação ansiosa de um infortúnio causa frequentemente mais sofrimento e prejuízo do que o próprio evento.

Versão neutra

A ansiedade antecipada por um infortúnio costuma causar mais dano do que o próprio infortúnio.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando alguém está a sofrer por antecipação e a preocupação excessiva provoca mais danos (insónia, decisões impulsivas, paralisia nas ações). Serve como lembrete para relativizar medos e focar em ações concretas.
Não é isso uma forma de culpar quem tem medo?
Pode ser interpretado assim; por isso é importante usar com sensibilidade. O provérbio pretende alertar para a ansiedade improdutiva, não desvalorizar medos válidos ou experiências traumáticas.
Quando não se aplica este provérbio?
Não se aplica quando o receio se baseia em riscos reais e evitáveis ou quando o medo é resultado de trauma; nesses casos, o medo pode ser sinal de perigo e merecer atenção profissional ou precaução prática.
Como reduzir o impacto do medo antecipado?
Práticas úteis incluem avaliar probabilidades reais, planear respostas concretas, técnicas de gestão da ansiedade (respiração, atenção plena) e procurar apoio profissional se a preocupação for intensa e persistente.

Usa-se para consolar ou aconselhar alguém que se preocupa excessivamente com um resultado possível.
Tomar como regra absoluta pode minimizar medos legítimos; distinguir preocupação excessiva de precaução razoável.
Registo: coloquial a neutro; apropriado em conversas pessoais, aconselhamento informal e textos reflexivos.
Evitar usar para culpar vítimas de trauma ou para desvalorizar riscos reais (por exemplo, perigos físicos evitáveis).

Durante semanas ela não dormiu à espera dos resultados do exame, e a ansiedade acabou por lhe causar mais problemas de saúde do que a nota que obteve.
Ele gastou todo o mês a imaginar o pior sobre as contas da empresa; no fim, o esforço de tanto preocupar-se trouxe-lhe perda de sono e decisões precipitadas — o medo foi pior que a crise em si.
Antes da viagem, a família cancelou tudo por medo de um atraso; o estresse de antecipar problemas acabou por estragar as férias mais do que o pequeno contratempo que poderia ter acontecido.

Quem não arrisca não petisca (valoriza aceitar riscos calculados).
Mais vale prevenir do que remediar (defende precauções práticas).
Não vale a pena chorar sobre o leite derramado (evita ruminação sobre o passado).

O medo pode ser adaptativo: alerta para perigos reais e leva a comportamentos de autoproteção (por exemplo, evitar zonas perigosas).
Em situações de trauma ou risco sério, a reação de medo é legítima e não deve ser minimizada com o provérbio.
Algumas decisões prudentes baseadas no receio previnem prejuízos reais; diferenciar entre ansiedade improdutiva e prevenção necessária.