O que houveres de negar, não o dês por escrito.

O que houveres de negar, não o dês por escrito.
 ... O que houveres de negar, não o dês por escrito.

Aconselha a evitar registar por escrito recusas ou negações que possam mais tarde ser usadas contra si.

Versão neutra

Se vais recusar algo, evita deixar essa recusa em forma escrita.

Faqs

  • Isto é um conselho jurídico?
    Não é aconselhamento jurídico formal; é um provérbio de prudência. Em casos concretos, consulte um advogado para avaliar se convém ou não registar algo por escrito.
  • E‑mails e mensagens não são 'por escrito'?
    Sim. Na linguagem contemporânea, e‑mails, mensagens de texto e outros registos digitais contam como escrita e podem ter valor probatório.
  • Quando vale mais a pena escrever do que não escrever?
    Quando precisa de provar acordos, prazos ou instruções, ou proteger‑se contra alegações futuras. A escrita traz clareza e segurança em muitos contextos profissionais e legais.
  • O provérbio sugere mentir ou ocultar informação?
    Não. É um aviso sobre consequências de registos escritos. Não justifica comportamentos desonestos ou ilegais; ética e cumprimento da lei prevalecem.

Notas de uso

  • Aplica-se sobretudo em contextos em que um registo escrito pode ter valor probatório ou consequências legais.
  • No português contemporâneo inclui também e‑mails, mensagens e outros meios digitais que constituem 'escrita'.
  • Não é um incentivo à desonestidade; em muitas situações é preferível documentar decisões para proteger interesses e clarificar responsabilidades.
  • Usa‑se como conselho prático e de prudência, não como regra absoluta.

Exemplos

  • O advogado advertiu o cliente: «O que houveres de negar, não o dês por escrito; uma carta pode ser usada no tribunal.»
  • Num processo de negociação, ela preferiu dizer 'não' verbalmente no encontro em vez de enviar um e‑mail, lembrando o provérbio.
  • Antes de responder ao pedido, considere o provérbio: evite comprometer‑se por escrito quando a negativa pode trazer consequências legais.
  • No contexto laboral, recusar uma tarefa por escrito pode dificultar futuras disputas; por isso muitos aconselham recusar verbalmente e procurar aconselhamento.

Variações Sinónimos

  • Não ponhas por escrito o que queres negar.
  • Se vais negar, não deixes rasto escrito.
  • Não registres por escrito a tua negação.

Relacionados

  • O papel aceita tudo (ironia sobre confiabilidade do escrito)
  • Em boca fechada não entra mosca (cautela ao falar)
  • Quem cala, consente (diferença entre silêncio e escrita)

Contrapontos

  • Por vezes convém escrever para ter prova: um registo escrito pode proteger‑lo em litígios ou evitar mal‑entendidos.
  • Na vida profissional, comunicações por escrito (e‑mail, contratos) são essenciais para clarificar acordos e responsabilidades.
  • O provérbio não substitui aconselhamento jurídico; a decisão de escrever deve ponderar riscos e benefícios.

Equivalentes

  • inglês
    Don't put in writing what you wouldn't want produced in court / If you don't want it on record, don't write it down.
  • espanhol
    Si no quieres que conste, no lo pongas por escrito.
  • francês
    Ne mets pas par écrit ce que tu ne veux pas voir attesté.
  • italiano
    Ciò che intendi negare, non metterlo per iscritto.