O que os olhos não vêem o coração não sente

O que os olhos não vêem o coração não sente.  ... O que os olhos não vêem o coração não sente.

Se não tivermos conhecimento directo de algo, tendemos a não o sofrer emocionalmente ou a não o considerar importante.

Versão neutra

O que não se vê, não se sente.

Faqs

  • O provérbio significa que devemos ignorar problemas que não vemos?
    Não necessariamente. Indica uma tendência psicológica — quando não há estímulos visuais ou informação, a intensidade afectiva diminui — mas não é um conselho para ignorar responsabilidades ou problemas.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em contextos informais para comentar sobre esquecimento, distanciamento emocional ou quando alguém se sente menos afectado por aquilo de que não tem conhecimento directo. Pode também ser usado com ironia.
  • O provérbio tem origem conhecida?
    A origem exacta é incerta; formações equivalentes existem em várias línguas e tradições, o que sugere uma origem popular e dispersa ao longo do tempo.
  • Há riscos em aplicar este provérbio à vida real?
    Sim: pode servir de justificação para omissão de deveres, falta de transparência ou negligência emocional. É importante distinguir entre mecanismo psicológico e comportamento ético.

Notas de uso

  • Usado para justificar indiferença ou esquecimento perante a ausência de informação.
  • Pode aparecer em contexto informal e coloquial; também usado ironicamente ou com sentido crítico.
  • Não deve ser tomado como conselho moral: a ignorância não isenta de responsabilidade.
  • Frequentemente invocado em discussões sobre relações pessoais, gestão de conflitos ou ocultação de problemas.

Exemplos

  • Depois de mudarem de cidade, menos contacto e menos desgosto: para muitos, o que os olhos não vêem, o coração não sente.
  • Esconderam-lhe a verdade sobre a viatura; ela ficou mais calma, conforme diz o provérbio, o que não se vê, não se sente.

Variações Sinónimos

  • O que não se vê, não se sente
  • Longe dos olhos, longe do coração
  • Olhos que não vêem, coração que não sente

Relacionados

  • Out of sight, out of mind (equivalente inglês)
  • Longe dos olhos, longe do coração (variante portuguesa)
  • Ignorância voluntária como mecanismo de defesa

Contrapontos

  • A ausência de conhecimento não apaga obrigações éticas ou legais — ignorância involuntária não é desculpa.
  • Sentimentos podem persistir apesar da distância ou da falta de contacto; o provérbio simplifica uma realidade emocional complexa.
  • Em contexto profissional, ocultar problemas pode agravar consequências a longo prazo.

Equivalentes

  • Inglês
    Out of sight, out of mind
  • Espanhol
    Ojos que no ven, corazón que no siente
  • Francês
    Loin des yeux, loin du cœur
  • Italiano
    Occhio non vede, cuore non duole
  • Alemão
    Aus den Augen, aus dem Sinn

Provérbios