O vinho bom põe nódoa, e é o melhor da mesa.
Coisas ou pessoas de grande qualidade podem deixar consequências ou causar transtornos; o valor compensa o inconveniente.
Versão neutra
O que é de qualidade pode causar incómodos, mas vale a pena ter na mesa.
Faqs
- O provérbio é literal sobre vinho?
Tem origem na observação literal de que vinho de qualidade pode manchar, mas usa-se sobretudo de forma metafórica para falar de vantagens que trazem inconvenientes. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao comentar situações em que um benefício ou qualidade implica pequenos transtornos que se consideram aceitáveis em troca do valor obtido. - Pode ser interpretado como desculpa para danos?
Pode ser mal usado para justificar prejuízos sérios; convém distinguir entre inconvenientes moderados e danos inaceitáveis.
Notas de uso
- Usado para justificar pequenos inconvenientes causados por algo/ alguém valioso.
- Pode ser aplicado tanto literalmente (vinho que mancha) como metaforicamente (efeitos colaterais de algo bom).
- Evita-se usar para minimizar danos graves; serve melhor em contextos de sacrifício aceitável ou de troca razoável.
Exemplos
- A nova coleção exige mais cuidado a limpar, mas fica sempre mais elegante; como se diz, «O vinho bom põe nódoa, e é o melhor da mesa».
- O software traz funcionalidades avançadas e mais complexidade; o equivalente é: o vinho bom põe nódoa — o benefício compensa algum esforço extra.
- Aceitei a viagem mais longa porque o destino valeu a pena — o vinho bom põe nódoa, e é o melhor da mesa.
Variações Sinónimos
- O bom vinho deixa marca, mas é o mais apreciado.
- O que é bom deixa rasto.
- O bom vinho suja, mas é o principal da mesa.
Relacionados
- Não há rosa sem espinhos.
- Cada bem tem o seu mal.
- Nem tudo o que reluz é ouro.
Contrapontos
- Não justifica negligência: algo valioso não torna aceitável qualquer dano ou injustiça.
- Pode ser usado para desculpar comportamentos prejudiciais; atenção a aplicações que minimizam consequências sérias.
- Nem sempre o benefício justifica o custo — depende da escala do prejuízo e do contexto.
Equivalentes
- inglês
Every rose has its thorn. (equivalente aproximado) - espanhol
No hay rosa sin espinas. (equivalente aproximado) - francês
Chaque chose bonne a ses inconvénients. (equivalente aproximado)