Odre por odre, algum sai podre.
Ao lidar com muitos exemplares ou lotes, é provável que apareça pelo menos um estragado; inevitabilidade de pequenas perdas quando se trabalha em série.
Versão neutra
Ao examinar muitos odres, é provável que algum se encontre podre.
Faqs
- Significa que devemos aceitar baixa qualidade?
Não necessariamente. O provérbio reconhece a probabilidade de perdas em séries, mas não justifica ausência de controlo de qualidade; serve de aviso para planear inspeções e margens de erro. - Em que contextos posso usar este provérbio?
Em contextos agrícolas, industriais, comerciais ou organizacionais onde se lida com amostras ou lotes grandes — por exemplo produção, compras em massa, recrutamento, testes. - Tem conotação negativa?
Tem um tom realista e ligeiramente resignado, mas não é ofensivo. Pode ser usado informalmente para justificar precauções ou políticas de substituição.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir sobre o risco de haver maus exemplares numa série ou lote (produtos, candidaturas, colheitas, etc.).
- Tem um tom realista ou resignado, não necessariamente de pessimismo: reconhece perdas esperadas.
- Aparece tanto em contexto literal (vinho, agricultura) como metafórico (contratações, compras, testes, software).
- Não é adequado para culpar vítimas; antes serve como justificação para inspecção, amostragem ou aceitação de margem de erro.
Exemplos
- Comprámos 200 unidades do lote para venda online; odre por odre, algum sai podre — por isso implementámos uma verificação de qualidade antes do envio.
- Nas vindimas deste ano havia uvas de excelente qualidade, mas odre por odre, algum sai podre; aceitámos perder uma percentagem pequena em troca de manter a produção em massa.
- Ao entrevistar tantos candidatos, sabemos que, odre por odre, algum sai podre — por isso fazemos entrevistas de controlo e provas práticas.
- Quando encomendas em grande quantidade, é normal que surja alguma peça defeituosa; odre por odre, algum sai podre, então previmos trocas rápidas.
Variações Sinónimos
- De cada lote sai um que estraga
- Há sempre um que vem estragado
- Nem todos os exemplares saem bons
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar (importância do controlo e prevenção)
- Um por um se vê quem presta (inspecionar individualmente)
- Nem tudo o que reluz é ouro (atenção à aparência)
Contrapontos
- Se houver rigores de qualidade e inspecção eficaz, é possível reduzir muito a probabilidade de exemplares podres.
- O provérbio assume inevitabilidade; o contraponto é que investimento em controlo de qualidade minimiza perdas.
- Diz‑se também que uma política de selecção rigorosa e fornecedores confiáveis evita que 'algum saia podre'.
Equivalentes
- inglês
Every now and then you'll get a bad one. - espanhol
De vez en cuando sale alguno podrido. - francês
Il y en a toujours un de mauvais dans la série. - italiano
Ogni tanto capita che uno venga marcio.