Ofende os bons quem poupa os maus

Ofende os bons quem poupa os maus.
 ... Ofende os bons quem poupa os maus.

A indulgência, protecção ou impunidade dada a quem age mal prejudica as pessoas correctas e o sentido de justiça.

Versão neutra

Proteger ou ser indulgente com quem pratica injustiças prejudica quem age correctamente.

Faqs

  • O que quer dizer exactamente este provérbio?
    Significa que dar impunidade, protecção ou indulgência a quem comete actos maus prejudica quem é correcto — tanto moralmente como nas consequências práticas, porque enfraquece a justiça e a confiança social.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em discussões sobre aplicação de regras e sanções (por exemplo, justiça criminal, política disciplinar, decisões de gestão) onde se argumenta que a tolerância com comportamentos lesivos causa danos a terceiros ou à comunidade.
  • Isto promove dureza ou vingança?
    Não necessariamente. O provérbio critica a impunidade, não exige crueldade. Pode suportar políticas proporcionais e responsáveis: a ideia central é proteger os inocentes e manter a justiça, não castigar sem critério.

Notas de uso

  • Usa‑se em debates sobre justiça, punição e responsabilidade (direito penal, disciplina escolar, gestão de equipas).
  • Serve como argumento a favor de aplicação firme de regras e sanções quando a impunidade causa dano colectivo.
  • Não implica necessariamente defesa de crueldade; é um apelo ao equilíbrio entre misericórdia e protecção dos inocentes.
  • Frequentemente aparece em contextos políticos para criticar perdões, amnistias ou tolerância com corrupção.

Exemplos

  • Num sindicato, os trabalhadores reclamaram medidas porque, segundo eles, «ofende os bons quem poupa os maus»: a tolerância com faltas graves criava desigualdade entre colegas.
  • No debate sobre anistias, vários oradores invocaram o provérbio para dizer que perdoar certos crimes só serviria para lesar as vítimas e minar a confiança nas instituições.

Variações Sinónimos

  • Ofende os bons quem favorece os maus
  • Poupar o culpado é ferir o inocente
  • A impunidade ofende a justiça

Relacionados

  • A justiça tarda, mas chega—riqueza e respeito dependem de aplicação
  • Justiça tardia é justiça negada
  • A impunidade alimenta a delinquência

Contrapontos

  • A misericórdia pode ser necessária para a reabilitação: perdoar alguém pode evitar maiores males e permitir mudança.
  • Punições rígidas sem população justa podem perpetuar injustiças e castigar inocentes por erros sistémicos.
  • Cada caso exige avaliação: «poupar» pode ser a única opção prática em situações complexas ou humanitárias.

Equivalentes

  • inglês
    To spare the wicked offends the good / Forgiving the guilty harms the innocent
  • espanhol
    Ofende a los buenos quien perdona a los malos
  • francês
    Qui épargne les méchants offense les bons

Provérbios