Os loucos dão os banquetes, os prudentes os aceitam.
Contraste entre quem inicia ou promove acções imprudentes/extravagantes e quem, por cautela ou conveniência, se limita a beneficiar dessas acções sem as provocar.
Versão neutra
Algumas pessoas promovem extravagâncias; outras, mais prudentes, limitam‑se a delas beneficiar.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Expressa a diferença entre os que organizam ou promovem actos imprudentes/extravagantes e os que, por cautela ou interesse, se limitam a aceitar os seus benefícios. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao comentar situações em que há uma distinção clara entre os iniciadores de um acto criticável e os que dele tiram vantagem, especialmente para abordar responsabilidade ou cumplicidade. - É ofensivo chamar alguém de 'louco' ao usar este provérbio?
Pode ser percebido como crítico ou pejorativo; se o contexto exigir neutralidade, prefira versões neutras ou reformule para evitar insulto.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar a diferença entre os agentes de um acto e os que nele participam ou tiram proveito.
- Pode ter tom condenatório (contra os promotores) ou irónico (contra os que aceitam benefícios).
- Aplique‑se em contextos sociais, políticos ou económicos para discutir responsabilidade e cumplicidade.
Exemplos
- No debate sobre os cortes orçamentais, muitos acusaram a administração de ter organizado privilégios, enquanto outros se aproveitaram desses favores — os loucos deram os banquetes, os prudentes os aceitaram.
- Quando a empresa ofereceu um esquema duvidoso de bónus, alguns o propuseram e outros o aceitaram sem questionar; esta frase descreve bem a situação.
- Num jantar político, os excessos foram planeados por uns quantos; os restantes convidados simplesmente aproveitaram a refeição.
Variações Sinónimos
- Os tolos fazem as festas, os sensatos nelas participam.
- Uns dão as festas, outros aceitam o convite.
- Quem provoca a farra e quem a usufrui.
Relacionados
- Quem cala consente (refere‑se à cumplicidade de quem não se opõe).
- Mais vale prevenir do que remediar (valorizando a prudência em vez de aceitar excessos).
Contrapontos
- Aceitar um benefício não isenta de responsabilidade moral ou legal; a recusa pode ser a opção ética.
- Às vezes a 'prudência' em aceitar vantagens é motivada por necessidade, não por cumplicidade voluntária — o provérbio simplifica realidades complexas.
- Classificar automaticamente como 'loucos' os iniciadores pode ignorar contextos em que a iniciativa teve motivos legítimos ou criativos.
Equivalentes
- inglês
Fools make feasts, and wise men eat them. - espanhol
Los necios dan los banquetes, los prudentes los aceptan. - francês
Les fous donnent les festins, les prudents les acceptent.