Os maiores males vêm do abuso dos maiores bens.

A advertência de que o uso indevido ou o excesso sobre bens, poderes ou recursos superiores pode causar prejuízos maiores do que a sua ausência.

Versão neutra

Os grandes problemas surgem quando se abusa de grandes recursos ou privilégios.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer alertar para os perigos do abuso de poder, recursos ou privilégios, especialmente em contextos políticos, económicos, ambientais ou institucionais.
Este provérbio significa que ter bens é sempre mau?
Não. Significa que o problema está no abuso ou na má gestão desses bens; bem usados, os grandes bens podem trazer enormes benefícios.
Há contextos em que a frase não se aplica?
Sim. Em situações em que existem controlos eficazes, transparência e responsabilidade, o abuso é menos provável e o provérbio perde aplicabilidade.
É um provérbio de origem literária conhecida?
A origem específica não é conhecida; trata‑se de uma fórmula de sentido comum que sintetiza observações morais sobre poder e responsabilidade.

Aplica-se a bens materiais, poderes políticos, privilégios sociais, confiança e recursos naturais.
Tomar como crítica à concentração de poder e à falta de responsabilidade na gestão de recursos.
Usa-se em registos formais e informais; funciona bem em análises políticas, económicas e ambientais.
Não é uma lei absoluta: refere uma tendência e serve de aviso, não uma previsão inevitável.

Quando uma empresa com muitos recursos começa a ignorar normas ambientais, os danos ao ecossistema mostram que os maiores males vêm do abuso dos maiores bens.
No poder local, a falta de fiscalização levou a favorecimentos; neste caso, os maiores males resultaram do abuso dos maiores bens.
Uma biblioteca bem financiada que impõe censura aos seus fundos culturais pode provocar perdas de liberdade intelectual — exemplo de como o abuso de um grande bem causa mal maior.

Nem sempre o uso intensivo de um bem causa mal; bem gerido, um recurso grande pode produzir benefícios maiores.
A expressão destaca riscos, mas não invalida que privilégios e recursos também permitam progresso e bem-estar quando existem regras e responsabilidade.
Algumas interpretações exageradas podem levar a desconfiança infundada em iniciativas de grande escala que, com boa governação, são benéficas.