Os mais sábios dissimulam, os menos falam e escrevem.
Valoriza a discrição: os verdadeiramente prudentes mantêm silêncio ou não revelam tudo; os menos prudentes falam muito e deixam provas escritas.
Versão neutra
Os mais prudentes mantêm discrição; os menos prudentes falam muito e deixam rasto por escrito.
Faqs
- Significa que nunca devemos falar ou escrever?
Não. O provérbio realça a vantagem da discrição em situações onde a exposição pode ser prejudicial, mas não prescreve silêncio absoluto. Há momentos em que falar ou registar é necessário (transparência, denúncia, ensino). - É uma justificativa para ocultar más ações?
Não. Discrição ética difere de encobrimento. O provérbio não valida a ocultação de crime ou fraude; a responsabilidade e a lei exigem divulgação nesses casos. - Como aplicar esta ideia na era das redes sociais?
Pensa antes de publicar: conteúdos escritos deixam rasto. Para assuntos sensíveis, prefere comunicação presencial ou canais seguros; evita reagir impulsivamente online. - Há contextos profissionais em que é preferível escrever em vez de silenciar?
Sim. Em gestão de projetos, contratos e decisões formais, registos escritos são essenciais para clareza e responsabilização, mesmo quando a comunicação pública é contida.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar discrição em assuntos delicados ou estratégicos.
- Aplica-se em contextos pessoais, profissionais e políticos onde a exposição pode ser desvantajosa.
- Não deve ser invocado para justificar ocultação de ilegalidades ou falta de transparência quando esta é exigida por ética ou lei.
- No mundo digital, alerta para o perigo de registos permanentes (mensagens, e‑mails, redes sociais).
Exemplos
- Num processo de negociação, o director lembrava a equipa: "Lembrem‑se: os mais sábios dissimulam, os menos falam e escrevem" — por isso falámos de forma contida e evitámos e‑mails desnecessários.
- Quando se trata de rumores sobre a empresa, Marta preferiu não comentar; sabia que quem fala demais e escreve acaba por complicar as coisas.
Variações Sinónimos
- Quem sabe cala, quem não sabe fala.
- Falar é prata; calar é ouro.
- Em boca fechada não entra mosca.
- Os sábios guardam silêncio; os tolos expõem‑se.
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca.
- Quem muito fala, pouco acerta.
- Silêncio é sinal de sabedoria (variações populares).
Contrapontos
- A transparência é essencial em democracias, órgãos públicos e relações de confiança — nem sempre o silêncio é virtuoso.
- Em situações de violência ou injustiça, falar e documentar é necessário para responsabilização.
- Dismulação pode ser confundida com mentir ou omitir de forma prejudicial; a ética distingue discrição de encobrimento.
Equivalentes
- Inglês
"Those who know do not speak; those who speak do not know." — (frase atribuída a Lao‑Tzu, sentido próximo) - Espanhol
«Quien sabe, calla; quien no sabe, habla.» - Francês
«Les sages se taisent; les ignorants parlent.»