Os vasos que não se enchem de água, cedo transbordam de pó.
Provérbios Indianos
Coisas ou pessoas que não são ocupadas ou cuidadas tendem a ficar negligenciadas ou a dedicar-se a futilidades.
Versão neutra
O que não se usa acaba por encher‑se de pó.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao comentar situações em que a falta de uso, de responsabilidade ou de finalidade provoca negligência, desinteresse ou ocupações inúteis. - Refere‑se a pessoas ou a coisas?
Ambos. Literalmente refere‑se a recipientes, mas figuradamente aplica‑se a pessoas, projectos e actividades que ficam inactivas. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser interpretado como crítica ao comportamento ou carácter; convém avaliar o contexto e a relação antes de usar para não humilhar. - Tem origem conhecida?
Não há fonte documentada clara; trata‑se de sabedoria popular de origem anónima.
Notas de uso
- Usa‑se numa aceção figurada: refere‑se tanto a objectos como a pessoas ou actividades.
- Frequentemente utilizado para criticar a inactividade, a falta de propósito ou a ausência de responsabilidades.
- Registo: coloquial a neutro; adequado em conversas, textos de opinião e comentários sociais, menos em contextos técnicos estritos.
- Evitar usá‑lo para humilhar alguém de forma directa; pode ser interpretado como juízo de valor sobre o carácter.
Exemplos
- Na reunião, o gerente lembrou que os projectos parados não atraem investimento: os vasos que não se enchem de água cedo transbordam de pó.
- Se não lhe dermos tarefas claras, o novo voluntário perde interesse — o que não se usa acaba por encher‑se de pó.
- Em casa, quem guarda tralha na gaveta acaba por nunca a abrir; objectos esquecidos acumulam pó e perdem utilidade.
Variações Sinónimos
- Os vasos que não se usam acumulam pó.
- O que fica parado enche‑se de pó.
- Recipientes que não recebem água enchem‑se de pó.
Relacionados
- Mãos ociosas são oficina do diabo.
- Ferramenta parada enferruja.
- O que não se pratica esquece‑se.
Contrapontos
- Objectos pouco usados podem conservar‑se em melhor estado do que os muito usados — nem sempre a inactividade é negativa.
- Períodos de descanso e reflexão são necessários; a ocupação constante nem sempre é desejável nem conduzirá a melhores resultados.
- Nem toda a inactividade resulta em futilidade; às vezes servir como pausa criativa.
Equivalentes
- Inglês
Unused tools gather dust / Idle hands are the devil's workshop (equivalentes de sentido) - Espanhol
Los vasos que no se llenan de agua pronto se llenan de polvo (tradução literal usada popularmente) - Francês
Les objets inutilisés s'encrassent de poussière (equivalente aproximado)