Para quem perde a mulher e um tostão, a maior perda é a do dinheiro.
Ironiza ou critica a prioridade que algumas pessoas dão ao dinheiro em relação às relações pessoais: para quem pensa assim, perder dinheiro dói mais do que perder a companheira.
Versão neutra
Para quem perde o cônjuge e um tostão, a maior perda é a do dinheiro.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Expressa, frequentemente com ironia, que há pessoas que dão mais importância ao dinheiro do que às relações pessoais. - É aceitável usar este provérbio hoje em dia?
Depende do contexto. Em registos coloquiais e críticos pode ser usado, mas há que evitar reproduzir estereótipos sexistas ou materialistas sem reflexão. - Tem origem conhecida?
Não foi fornecida origem concreta; trata‑se de um ditado tradicional cuja autoria é incerta. - Como posso dizer a mesma ideia de forma menos polémica?
Use fórmulas neutras e explícitas, por exemplo: 'Há quem valorize mais o dinheiro do que as relações pessoais.'
Notas de uso
- Tom irónico ou crítico: costuma ser usado para denunciar materialismo ou desvalorização das relações humanas.
- Registo coloquial e antiquado; pode soar sexista ou insensível em contextos actuais.
- Evitar o uso literal em contextos formais ou profissionais; explicar a intenção quando usado em debate.
- Pode ser evocativo em narrativas ou textos que retratem atitudes egoístas e mercantilistas.
Exemplos
- Quando João vendeu a casa e afastou a família, o vizinho comentou com ironia: 'Para quem perde a mulher e um tostão, a maior perda é a do dinheiro.'
- Numa discussão sobre prioridades, ela respondeu que certas pessoas valorizam mais o rendimento do que a relação — 'para quem perde a mulher e um tostão' — e criticou essa mentalidade.
Variações Sinónimos
- Quem perde a mulher e um tostão, perde mais o tostão.
- Para alguns, perder dinheiro dói mais do que perder a esposa.
- Há quem lamente o dinheiro mais do que a pessoa.
Relacionados
- Quem casa por dinheiro, não casa por amor (sobre motivações económicas no casamento).
- O dinheiro não traz felicidade (contraponto ético).
- Nem tudo se mede em dinheiro (valorização de bens não materiais).
Contrapontos
- Lê‑se como crítica ao materialismo: perder alguém querido é, em termos humanos, mais grave do que perder dinheiro.
- Pode ser considerado misógino por pressupor que a mulher é um bem comparável a dinheiro.
- Em contexto moderno, reforça a necessidade de questionar valores que colocam o ganho económico acima das relações.
Equivalentes
- inglês
For someone who loses his wife and a penny, the greater loss is the money. (literal; conveys prioritising money over a partner) - espanhol
Para quien pierde a la mujer y un centavo, la mayor pérdida es la del dinero. (traducción literal; crítica al materialismo)