Pelejam os touros, mal pelos ramos.
Quando pessoas ou grupos poderosos se confrontam, os inocentes ou elementos frágeis acabam por sofrer as consequências.
Versão neutra
Quando pessoas ou grupos poderosos se enfrentam, quem sofre são os inocentes e os mais fracos.
Faqs
- Em que contextos se usa este provérbio?
Usa‑se para descrever situações em que o confronto entre atores poderosos (políticos, empresas, famílias ricas) causa prejuízos a terceiros mais frágeis, como populações, trabalhadores ou recursos naturais. - É um provérbio com tom moralizante?
Frequentemente tem tom crítico ou de aviso, mas também funciona apenas como observação desapaixonada sobre consequências previsíveis de conflitos de poder. - Tem origem conhecida ou data de criação?
A origem exacta não é documentada; pertence à tradição oral rural e tem equivalentes em várias culturas, o que indica um princípio social universal.
Notas de uso
- Usa‑se para chamar a atenção para os danos colaterais das lutas entre poderosos (política, empresas, famílias influentes).
- Tom: crítico e descritivo; pode ter conotação de aviso ou de constatação resigneda.
- Registo: popular/informal, adequado em textos jornalísticos, comentários sociais e conversas correntes.
- Pode ser usado ironicamente para apontar hipocrisia de quem provoca conflito e ignora os prejudicados.
Exemplos
- Na disputa entre as duas empresas, os pequenos fornecedores ficaram sem pagamentos; pelejam os touros, mal pelos ramos.
- Os políticos discutiam a reforma enquanto as populações rurais perdiam apoios — mais um caso de 'pelejam os touros, mal pelos ramos'.
- Quando a família rica brigou pela herança, os empregados de longa data perderam direitos; provou‑se que, quando touros pelejam, os ramos é que sofrem.
Variações Sinónimos
- Quando os touros se pelejam, mal vão os ramos.
- Onde dois touros pelejam, é a ramaria que sofre.
- Quando dois elefantes lutam, a erva é que sofre (variante com elefantes).
Relacionados
- Quando dois elefantes lutam, a erva é que sofre (provérbio africano similar).
- Entre duros, os leves pagam (variante popular sobre poder e vítimas).
- Os fracos sofrem a guerra dos fortes (afirmação de sentido próximo).
Contrapontos
- Nem sempre há vítimas inocentes: em alguns conflitos os prejudicados podem ser também agentes com responsabilidade.
- O provérbio generaliza; em situações reguladas (leis, mediação) o dano colateral pode ser minimizado.
- Usá‑lo para desvalorizar a legítima contestação entre grupos menos poderosos pode distorcer o significado original.
Equivalentes
- Inglês
When elephants fight, it is the grass that suffers. - Espanhol
Cuando dos elefantes pelean, la hierba sufre. - Francês
Quand les éléphants se battent, c'est l'herbe qui souffre.