Observação crítica de desigualdade: os que beneficiam dos frutos ficam próximos, enquanto os que executam o trabalho ficam afastados ou excluídos.
Versão neutra
Os que usufruem dos benefícios ficam próximos, enquanto os que fazem o trabalho ficam afastados.
Faqs
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer criticar ou destacar uma situação em que os benefícios, privilégios ou recompensas ficam com quem não executa o trabalho, seja em contexto profissional, político ou familiar.
O provérbio tem sempre um tom negativo? Geralmente tem tom crítico ou irónico, pois aponta uma injustiça. Contudo, pode ser usado de forma descritiva sem julgamento explícito, dependendo do contexto e da intenção do orador.
É ofensivo dizer isto a alguém? Pode ser interpretado como acusação de favorecimento ou preguiça; recomenda-se cautela e evidência antes de aplicar o provérbio a pessoas concretas.
Notas de uso
Usa-se para criticar situações em que os benefícios ou privilégios ficam com quem não trabalha diretamente.
Tom frequentemente irónico ou desaprovador; pode apontar clientelismo, favoritismo ou exploração.
A aplicação pode ser literal (espaço físico) ou metafórica (acesso a rendimentos, poder ou reconhecimento).
Registo coloquial; adequado em comentários sociais, editoriais ou conversas informais. Evitar acusações pessoais sem provas.
Exemplos
Na reunião, os diretores sentaram-se à mesa com o cliente, e os técnicos ficaram à porta — perto de quem come, longe de quem trabalha.
Quando se distribuiu o prémio, só os administradores receberam bónus; os operários que mantêm a produção ficaram de fora — a típica situação de perto de quem come, longe de quem trabalha.
Variações Sinónimos
Perto do pão, longe do trabalho (variação menos comum).
Quem come está perto, quem trabalha está longe (paráfrase).
Os que usufruem ficam próximos, os que suam ficam afastados (variação descritiva).
Relacionados
Quem não trabalha não come (contraponto moral sobre trabalho e direito ao rendimento).
Dar com uma mão e tirar com a outra (sobre injustiça na distribuição).
A quem muito tem, pouco falta (comentário social sobre privilégio).
Contrapontos
Nem sempre quem trabalha fica afastado dos benefícios — em muitas organizações há partilha justa de lucros e reconhecimento.
A proximidade física não define sempre o acesso aos recursos; responsabilidade, hierarquia ou segurança podem explicar a separação.
Usar o provérbio como acusação generalizada pode simplificar causas complexas (contratos, legislação, logística).
Equivalentes
English Literal: 'Close to those who eat, far from those who work.' Paraphrase: 'Those who enjoy the feast are near; those who toil are kept away.'
Español Literal: 'Cerca de quien come, lejos de quien trabaja.' Parafraseo: 'Los que disfrutan están cerca; los que trabajan, lejos.'