Por isso se come toda a vaca, por um querer da perna e outro da espada

Por isso se come toda a vaca, por um querer da per ... Por isso se come toda a vaca, por um querer da perna e outro da espalda.

Quando várias pessoas exigem ou retiram partes diferentes de um bem comum, o recurso acaba por se esgotar.

Versão neutra

Quando cada um exige a sua parte, o recurso acaba por ser consumido na totalidade.

Faqs

  • Qual é a ideia principal deste provérbio?
    Que a soma de pequenas reivindicações ou apropriações de várias pessoas pode levar ao esgotamento total de um bem comum.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para criticar ou advertir contra a falta de regras num contexto de partilha: recursos comunitários, orçamentos, alimentos, etc.
  • É um provérbio ofensivo?
    Não é intrinsecamente ofensivo; é um ditado popular com tom crítico sobre comportamentos coletivos. Deve‑se evitar se for interpretado como acusação pessoal sem fundamento.
  • Qual o registo e origem?
    Registo popular/coloquial, associado a zonas rurais onde a divisão de gado ou comida era comum. A origem exata não está documentada.

Notas de uso

  • Usa‑se para alertar sobre a sobreexploração de recursos quando várias pessoas tomam pequenas partes em nome de interesses próprios.
  • Aplicável a bens materiais (comunidades, pastagens, alimentos) e a bens imateriais (orçamentos, atenção, tempo).
  • Tomar literalmente refere‑se à divisão de um animal entre pretendentes; figurativamente descreve consequências cumulativas.
  • Registo popular e coloquial; mais frequente em contextos rurais ou comunitários.

Exemplos

  • Na cooperativa, cada freguês pegou um pouco da reserva e, sem regras, por isso se comeu toda a vaca — agora não há alimentos para os mais necessitados.
  • Se cada departamento desconta uma verba para o seu projeto, o orçamento desaparece: por isso se come toda a vaca, por um querer da perna e outro da espalda.

Variações Sinónimos

  • Quando cada um quer a sua parte, acaba‑se com tudo.
  • Casa onde tudo é de todos, nada é de ninguém.
  • Se todos puxam para si, não sobra nada.

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Casa onde tudo é de todos, nada é de ninguém.
  • Muitas mãos, pouco pão.

Contrapontos

  • A partilha regulamentada e regras claras impedem a exaustão do recurso: gestão comum pode preservar a disponibilidade.
  • Há situações em que a colaboração e divisão justa evitam que o bem se perca; o provérbio alerta sobretudo para a ausência de regras.

Equivalentes

  • English
    If everyone takes a bit, the whole thing will be gone (i.e. many small claims exhaust a resource).
  • Español
    Si cada uno toma su parte, al final se acaba todo (variante coloquial sobre reparto excesivo).
  • Français
    À force que chacun prenne un morceau, il ne reste plus rien.