Por três dias de ralhar, ninguém deixe de casar.

Por três dias de ralhar, ninguém deixe de casar. ... Por três dias de ralhar, ninguém deixe de casar.

Não se deve anular um casamento (ou uma decisão importante) por causa de alguns dias de desentendimentos passageiros.

Versão neutra

Por causa de três dias de discussão, não se deve deixar de casar.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer lembrar alguém de que conflitos passageiros não devem, por si sós, levar à anulação de decisões importantes, especialmente casamentos. Deve ser usado com cuidado se houver sinais de problemas graves.
  • O provérbio é aplicável apenas ao casamento?
    Não — embora refira explicitamente casamento, usa‑se metaforicamente para outras situações que exigem compromisso e não devem ser abandonadas por contratempos temporários.
  • É um conselho válido hoje em dia?
    Tem validade como lembrança da importância da tolerância e da perspetiva, mas não substitui a necessária avaliação de situações de abuso ou incompatibilidade. O contexto e a segurança emocional são determinantes.
  • O provérbio tem conotação sexista ou antiquada?
    É um provérbio tradicional e pode reflectir uma visão mais conservadora sobre relações. Deve ser usado de forma crítica e adaptada aos valores contemporâneos de igualdade e consentimento.

Notas de uso

  • Usa‑se para aconselhar perseverança perante conflitos temporários, especialmente em relações amorosas.
  • É aplicável também, de forma metafórica, a outras decisões que envolvam compromisso: não desistir por problemas temporários.
  • Registo: coloquial/popular. Pode soar conservador se aplicado sem considerar gravidade de comportamentos.
  • Não é recomendável quando os conflitos envolvem violência, abuso ou sinais claros de incompatibilidade estrutural.

Exemplos

  • Depois da última discussão, a avó lembrou‑lhe: «Por três dias de ralhar, ninguém deixe de casar» — às vezes as discussões são passageiras.
  • O conselheiro avisou os jovens a não tomar decisões precipitadas: não cancelem a boda por uma semana de azedumes; por três dias de ralhar, ninguém deixe de casar.

Variações Sinónimos

  • Por umas brigas de dias, não se deixa de casar.
  • Não se abandona o casamento por três dias de rixas.
  • Não canse o casamento por pequenos desentendimentos.

Relacionados

  • Não se atira fora o menino com a água da banheira (não deitar fora o essencial por causa do supérfluo).
  • Uma andorinha não faz verão (um episódio não define o todo).
  • Quem ama, perdoa (valoriza a tolerância no afeto).

Contrapontos

  • Se as discussões revelam abuso, desprezo persistente ou incompatibilidades fundamentais, não se deve ignorar — procurar ajuda ou reconsiderar o compromisso é prudente.
  • Aconselhamento pré‑marital e comunicação aberta podem ser preferíveis a minimizar problemas com um provérbio.
  • O provérbio presume que os desentendimentos são passageiros; hoje em dia avalia‑se também a segurança emocional e física das partes.

Equivalentes

  • Inglês
    Don't let a few quarrels stop you from getting married. (Equivalente literal)
  • Inglês (idiomático)
    Don't throw the baby out with the bathwater. (Não rejeitar algo valioso por causa de defeitos menores)
  • Espanhol
    Por tres días de riñas no dejes de casarte.
  • Francês
    À cause de trois jours de disputes, ne laisse pas tomber le mariage.