Quando seu vizinho está errado você aponta um dedo, mas quando é você que está errado esconde.
Provérbios Africanos
Critica a tendência humana de ver e salientar os erros dos outros enquanto se oculta ou minimiza os próprios.
Versão neutra
Quando outra pessoa erra, apontamos o dedo; quando somos nós a errar, escondemo‑lo.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Usa‑o para criticar comportamentos hipócritas ou para chamar à atenção para a falta de autocrítica, preferencialmente em contextos onde se pretende provocar reflexão, não ofensa direta. - Este provérbio é ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode ser interpretado como acusatório. Recomenda‑se cuidado no tom e na situação para evitar conflitos. - Tem origem conhecida?
Não há autoria ou origem documentada específica para esta formulação; trata‑se de uma observação popular sobre comportamento humano, próxima de provérbios e máximas antigas. - Como o dizer de forma mais formal?
Pode reformular‑se para: 'É frequente salientar os erros alheios enquanto se omitem os próprios', adequado em textos formais ou académicos.
Notas de uso
- Usa-se em contexto crítico para apontar hipocrisia ou falta de autocrítica.
- Registo: geralmente informal; adequado em conversas, comentários sociais e reflexões pessoais.
- Evita-se usá-lo diretamente para acusar alguém numa disputa sensível; pode soar confrontacional.
- Pode servir como chamada à introspeção em reuniões de trabalho, famílias ou grupos sociais.
Exemplos
- No debate sobre a qualidade do trabalho, toda a gente destacou os defeitos dos colegas; foi exatamente o caso de 'quando o vizinho está errado apontas um dedo, quando és tu escondes'.
- Depois de criticar o atraso do colega, João ficou envergonhado quando se percebeu a si próprio a faltar ao prazo — um bom exemplo do provérbio.
- Os políticos costumam acusar adversários por escândalos enquanto minimizam as falhas internas; a expressão descreve bem essa atitude.
Variações Sinónimos
- Aponta-se o dedo ao vizinho, não a si próprio.
- É mais fácil ver o erro nos outros do que admitir o nosso.
- Vê‑se a palha no olho alheio e não a trave no próprio.
Relacionados
- Olha para ti antes de apontar (conselho comum de autocrítica).
- É mais fácil ver a palha no olho alheio do que a trave no próprio (variante popular).
- Não atires pedras se vives numa casa de vidro (sobre hipocrisia e vulnerabilidade).
Contrapontos
- Nem todas as críticas aos outros são hipócritas; apontar um erro pode ser necessário para corrigir comportamentos prejudiciais.
- Existem contextos profissionais ou de segurança onde denunciar falhas alheias é obrigatório e responsável.
- A expressão generaliza o comportamento humano; muitas pessoas praticam autocrítica e assumem responsabilidades.
Equivalentes
- inglês
It's easier to see the speck in your neighbour's eye than the plank in your own. - espanhol
Es más fácil ver la paja en el ojo ajeno que la viga en el propio. - português (variante)
É fácil ver a falha alheia e fechar os olhos às próprias.