Quando vires ladrão com frade, ou o frade é ladrão, ou o ladrão é frad
Quando vires ladrão com frade, ou o frade é ladrão, ou o ladrão é frade.
Sugere que a companhia revela ou compromete o caráter: estar com alguém de má reputação implica cumplicidade ou semelhança.
Versão neutra
As companhias revelam o caráter: quem se associa a desonestos arrisca ser visto como tal.
Faqs
O que significa este provérbio? Indica que a companhia de alguém pode revelar ou comprometer o seu carácter: se alguém se associa a desonestos, é provável ser visto como tal ou tornar‑se parecido.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer alertar para risco reputacional ou influência negativa das companhias, geralmente em contexto coloquial ou crítico. Evitar usá‑lo como prova de culpa.
Este provérbio não é injusto para quem é inocente? Sim — pode ser injusto. O provérbio funciona como advertência moral e heurística social, mas não substitui investigação ou entendimento das circunstâncias.
Há versões mais suaves ou neutras? Sim. Uma versão neutra é: «As companhias revelam o carácter.» Essa formulação evita acusar automaticamente, focando na influência social.
Notas de uso
Usa‑se para justificar desconfiança em relação a quem se associa com pessoas de reputação duvidosa.
Registo coloquial; pode ser empregue com tom moralizante ou irónico.
Aplicável a contextos sociais, políticos e profissionais para alertar sobre influência e risco reputacional.
Deve ser usado com cautela para não incitar julgamentos precipitados ou discriminação.
Exemplos
Na empresa, quando o director começou a jantar sempre com o fornecedor acusado, muitos funcionários pensaram: «quando vires ladrão com frade...» e perderam confiança nas negociações.
Comentaram que o novo vereador andava com gente duvidosa; alguém citou o provérbio para justificar a suspeita de conivência.
Ao ver o atleta festejar com elementos ligados a esquemas ilícitos, os jornalistas retomaram a máxima para questionar a sua integridade.
Variações Sinónimos
Diz‑me com quem andas, dir‑te‑ei quem és.
Quem com ladrões se mistura, com eles é contado.
As companhias revelam o carácter.
Relacionados
Diz‑me com quem andas, dir‑te‑ei quem és.
Quem com porcos se mete fareja a lama.
Cada macaco no seu galho. (oposição contextual)
Contrapontos
Assumir culpa por associação pode ser injusto; nem sempre a companhia implica conivência.
Pessoas podem relacionar‑se por motivos profissionais, familiares ou circunstanciais sem partilhar valores.
O provérbio simplifica relações sociais complexas e pode reforçar estigmas.
Equivalentes
Inglês If you lie down with dogs, you get up with fleas. / Birds of a feather flock together.
Espanhol Dime con quién andas y te diré quién eres.
Francês Dis‑moi qui tu hantes, je te dirai qui tu es.