Quanto mais a mulher olha a cara, pior vai a casa.

A ideia de que a observação contínua e a crítica às falhas de alguém tende a agravar os conflitos domésticos e a piorar a convivência.

Versão neutra

Quanto mais alguém se fixa nos defeitos do outro, pior corre a vida em casa.

O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que a crítica contínua e a atenção exagerada aos defeitos de alguém tende a piorar a convivência doméstica ou a relação.
É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
Depende do contexto: a mensagem sobre os riscos da crítica excessiva é útil, mas a formulação centrada na 'mulher' é considerada por muitos como antiquada ou sexista. É preferível usar versões neutras.
Serve este provérbio para justificar não apontar problemas?
Não necessariamente; há diferença entre crítica destrutiva e comunicação construtiva. Apontar problemas com respeito e com o objetivo de resolver pode ser benéfico.
De onde vem este provérbio?
Trata-se de um ditado popular de transmissão oral; não há fonte ou autor conhecido. É parte do repertório de provérbios usados em contextos familiares em Portugal e em comunidades de língua portuguesa.

Costuma ser usado para advertir contra a crítica constante ou a vigilância excessiva dentro de relações familiares ou de casal.
É uma formulação tradicional e marcada por género — historicamente dirigida a mulheres —, pelo que hoje pode ser considerada antiquada ou sexista.
Pode ser aplicada de forma metafórica fora do lar, referindo-se a qualquer ambiente em que a fiscalidade excessiva sobre pequenas falhas prejudique o funcionamento do grupo.

O João estava sempre a apontar pequenas falhas à Marta e, como se costuma dizer, quanto mais se olha a cara, pior vai a casa — acabaram por discutir com frequência.
No trabalho, a chefe avaliava cada pormenor do relatório; os colegas queixaram-se que quanto mais se procura perfeição em tudo, pior resulta a colaboração.

Quem procura, acha.
Quem muito mexe, estraga.
Não faças de uma formiga um elefante (advertência contra exagerar pequenas falhas).

Apontar problemas com intenção de os resolver pode melhorar uma relação ou situação — a crítica não precisa de ser destrutiva.
Transparência e comunicação clara sobre tarefas e expectativas evitam que pequenos defeitos se acumulem.
A responsabilidade doméstica e a resolução de conflitos são práticas que exigem igualdade e não atribuição exclusiva a um género.

English
The more you pick at someone's faults, the worse things get at home.
Español
Cuanto más se fija uno en los defectos del otro, peor va la casa.
Français
Plus on regarde les défauts de l'autre, plus la vie à la maison se détériore.