Quanto mais canhoto, mais maroto.

Sugere, de forma jocosa, que as pessoas canhotas são mais travessas ou ousadas — uma generalização estereotípica e não factual.

Versão neutra

Quem age de forma pouco convencional costuma ser mais traquinas.

Este provérbio é ofensivo para canhotos?
Pode ser considerado um estereótipo; usado em tom de brincadeira entre pessoas próximas é comum, mas em contextos formais ou quando usado para julgar alguém pode ser ofensivo.
Há fundamento científico para a afirmação?
Não. Não existe evidência de que a lateralidade (ser canhoto) determine traços morais como ‘marotice’. O provérbio reflete uma crença popular, não dados científicos.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos informais e lúdicos, com pessoas que compreendem o tom jocoso. Evite-o em contextos profissionais, educativos ou quando possa reforçar preconceitos.
Há alternativas neutras?
Sim. Use expressões que atribuam o comportamento à personalidade ou ao acto, por exemplo: «Quem age de forma pouco convencional costuma ser mais traquinas.»

Uso informal e jocoso, frequentemente entre familiares ou amigos para provocar ou comentar travessuras.
Tem carácter estereotípico: não deve ser tomado como verdade científica ou moral sobre canhotos.
Em contextos formais ou sensíveis deve ser evitado, pois pode reforçar preconceitos históricos contra canhotos.
Por vezes usado de modo irónico para elogiar astúcia ou criatividade de alguém que age de forma pouco convencional.

Quando o menino escondeu as chaves só para pregar uma partida, o tio riu-se: «Quanto mais canhoto, mais maroto», disse em jeito de brincadeira.
Disseram em tom de gozo que ela era canhota e, portanto, marota — foi comentário informal, não uma afirmação séria sobre o seu carácter.
Num debate sobre estereótipos, alguém citou o provérbio para ilustrar antigas crenças populares, destacando que hoje isso é tido por mera superstição.

A ciência não apoia a ideia de que dominância da mão esquerda determine traços morais ou de personalidade.
Historicamente, canhotos foram alvo de preconceito (mudança forçada de mão), por isso o provérbio traduz atitudes passadas mais do que factos.
Hoje recomenda-se evitar generalizações; traquinice ou astúcia dependem de personalidade e contexto, não da lateralidade.