Quanto mais tolo, mais miolo
Provérbio ambíguo usado de forma irónica para dizer que a aparente tolice pode esconder substância ou, em sentido crítico, que a tolice se manifesta com maior intensidade; o sentido exacto depende do contexto.
Versão neutra
Nem sempre a aparência de tolice corresponde à ausência de conteúdo; em outros contextos, a aparente tolice pode mostrar teimosia ou repetir erros.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Depende do contexto: pode ser uma ironia para dizer que alguém que aparenta tolice tem mais substância do que se pensa, ou uma crítica à persistência em erros — o sentido exacto varia conforme o tom e a situação. - É apropriado usar este ditado em contextos formais?
Não; trata‑se de uma expressão coloquial e potencialmente depreciativa. Evite‑a em ambientes profissionais ou com pessoas que possam ofender‑se. - Tem origem conhecida?
Não há fonte documentada conhecida para este provérbio; parece ser de circulação popular e de uso regional/coloquial. - Quando é útil empregá‑lo?
Quando se quer comentar, de modo irónico ou crítico, a discrepância entre aparência e conteúdo de alguém, ou para apontar a teimosia de quem repete erros.
Notas de uso
- Tom coloquial e frequentemente irónico ou sarcástico.
- Usa‑se em conversas informais para comentar comportamentos ou atitudes.
- Pode servir tanto para defender alguém malavaliado como para criticar repetição de erros.
- Por ser potencialmente depreciativo, convém ter cuidado se dirigido a alguém.
Exemplos
- Quando o João falou de olhos muito abertos e ideias simples, Maria sussurrou: «Quanto mais tolo, mais miolo», querendo dizer que subestimavam a sua capacidade de argumentar.
- Depois de insistir várias vezes na mesma ideia errada, a vizinha murmurou em tom crítico: «Quanto mais tolo, mais miolo» — referindo‑se à teimosia da pessoa.
- Ao ver o estudante desenrascar uma solução inesperada, o professor comentou: «Não julguem pela aparência — quanto mais tolo, mais miolo às vezes.»
Variações Sinónimos
- Quanto mais parvo, mais miolo
- Quanto mais tolo, mais conteúdo (irónico)
- Nem tudo o que parece tolo é vazio
- Não julgues pela aparença
Relacionados
- Nem tudo o que reluz é ouro
- O hábito não faz o monge
- Não julgues um livro pela capa
Contrapontos
- Nem sempre a tolice esconde substância — por vezes a repetição de erros revela falta de compreensão.
- A interpretação optimista pode induzir a subavaliação de comportamentos perigosos ou incompetentes.
- Proferi‑lo em contexto jocoso; em situações formais pode ser considerado ofensivo.
Equivalentes
- inglês
Don't judge a book by its cover / Appearances can be deceiving - espanhol
No juzgues un libro por su portada / Las apariencias engañan - francês
L'habit ne fait pas le moine - português (variante)
Nem tudo o que parece tolo é vazio