Quem a ruim perdoa, a ruindade lhe aumenta.

Alertar que perdoar repetidamente comportamentos prejudiciais pode incentivar a sua continuação ou agravamento.

Versão neutra

Perdoar repetidamente um comportamento prejudicial pode encorajar a sua continuação.

Faqs

• Significa isto que nunca se deve perdoar?
  Não. O provérbio alerta para o risco de perdoar sem impor limites. Perdoar pode ser adequado, desde que haja responsabilização, reparação ou mudança no comportamento.
• Como distinguir perdão de 'permitir'?
  Perdoar é um acto pessoal de cessar ressentimento; permitir é não actuar perante uma conduta. Pode perdoar-se e, simultaneamente, aplicar consequências para evitar repetição.
• É um conselho útil em contexto profissional?
  Sim, serve de lembrete para gestores: tolerância repetida a comportamentos inadequados tende a normalizá‑los, por isso são necessárias políticas e consequências claras.

Notas de uso

• Usa‑se para justificar a necessidade de pôr limites quando um comportamento nocivo se repete.
• Tem um tom preventivo e moralizador; não aconselha violência, mas aponta para consequências sociais do perdão incondicional.
• Aplicável em relações pessoais, no trabalho ou numa comunidade; a decisão de perdoar exige avaliação do contexto e das repercussões.
• Confunde-se por vezes com a ideia de vingança; é útil distinguir entre perdoar e permitir/normalizar más condutas.

Exemplos

• No escritório, decidiu agir porque, como diz o provérbio, quem a ruim perdoa, a ruindade lhe aumenta — se não houvesse resposta, os abusos prosseguiriam.
• A mãe explicou ao filho que perdoar tudo nem sempre é bom: às vezes é preciso pôr limites para não incentivar más ações.
• Quando o mesmo aluno copia testes sucessivamente sem ser sancionado, o professor lembrou que perdoar repetidamente só aumenta a falta de respeito.

Variações Sinónimos

• Quem muito perdoa, muito perde.
• Perdoar sempre é convidar à repetição.
• Quem perdoa demais, perde autoridade.

Relacionados

• Quem cala consente (relacionado à ideia de não opor resistência).
• Não há bem sem mal (contraponto filosófico sobre consequências).
• A prática de estabelecer limites e consequências em pedagogia e gestão.

Contrapontos

• O perdão pode promover a reconciliação e a mudança quando acompanhado de reparação e limites claros.
• Nem todo perdão é permissividade: perdoar pode ser uma escolha emocional que não implica ausência de consequências.
• A aplicação do provérbio exige avaliar se a resposta será punitiva ou preventiva; medidas construtivas podem reduzir a repetição do comportamento.

Equivalentes

• English
  Forgiving wrongdoing without consequence can encourage more of it.
• Español
  Quien perdona lo malo, lo fomenta.
• Français
  Qui pardonne le mal, le favorise.